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Um brinde à loucura

sábado, 18 de março de 2006

Um brinde à loucura

Loucura. Como defini-la sem ferir, sem constranger, sem ter a sensação de coisa absurda? Sem olhar pro mundo em nossa volta e não ficar perturbado e confuso com o destino da humanidade e até de nós mesmos? Parece paradoxal, mas esta palavra me traz mais prazer do que pavor. Uma grande loucura por amor, como é fascinante, um sacrifício sem igual, tal qual eu me lembro de um ser estranhíssimo perguntando à uma capitã de astronaves se ela faria qualquer coisa por sua tripulação, ela respondeu que sim e naquele instante ele a matou para que esta servisse de alimento a seres sanguinários que, naquele instante, se alimentariam do seu sangue e sua tripulação, assim, escaparia. Loucura, quando Deus entregou seu filho inocente e imaculado por criaturas que o rejeitariam e que erravam e praticavam toda sorte de maldades sem parar e com toda vontade do coração. Loucura, quando você madruga com um amigo seu para que ele não se sinta só e, chegando em casa, apanha, ouve toda sorte de críticas dos seus pais ou de quem convive com você, é castigado, paga um alto preço, que se não fosse o coração, o seu coraçãozinho mandando, de modo algum passaria por aquele sofrimento. Já fez uma grande loucura na sua vida? Vendeu tudo o que tinha para ver o show de um artista que compôs a música que é o retrato fiel das aspirações da sua alma? Eu não recomendo tal atitude, mas na vida isso pode acontecer.
Loucura! Amor cego! Imparcial! Capaz de tudo! De perder a própria vida!? Colocar-se na frente de um tanque querendo detê-lo por amor a uma causa que você ama? Não usar armas por amor verdadeiro à paz! Retirar das ruas o cachorro mais miserável, pulguento e nojento que a natureza já concebeu por ouvir o seu choro? E seu coração contrariar todas as suas vaidades, podendo você comprar os animais de pedigree mais nobre! E se apegar apaixonadamente àquele animal sem beleza alguma?!
E quanto àquele que mais te maltratou, desprezou, espezinhou, àquele cujas ações você sempre reprovou todas? Como a Bíblia diz: que morrer por um bom...é fácil! mas por uma pessoa má, por um bandidão, por um completo canalha, por alguém sem nenhum préstimo, feridento, que não fala, não ouve, fede, dessas pessoas que parecem gosmar por todos os poros. Ah! Quem tem este amor louco?!
Lembro-me de uma bolsa que fiz para vender numa lojinha. Nunca um objeto foi tão vaiado. Era um ramo de flores coloridos, com vários rabiscos de tinta ao redor. Certa vez, ele foi vendido; no outro dia, a compradora voltou nervosa, dizendo que todo mundo questionou por que aquela bolsa, e, deste modo, a trocou. Lá estava ela, a ordinária bolsa de novo. Eu dizia até rindo: será que um dia alguém vai comprar essa coisa? Não obstante etas coisas, eu fiquei tão familiarizado com sua presença. Ela rendeu várias estórias engraçadas. Certa manhã, ela não estava mais lá. Havia sido comprada por uma estrangeira que olhou as bolsas uma por uma, mas só se agradou dela. Hoje, ela está longe, mas fez história. Há tantos detalhes que fazem com que a gente se apegue a coisas aparentemente sem valor, parece loucura pra alguns. Só quem sente pode dizer que é algo que não se pode definir.
Um brinde à loucura! A própria Bíblia diz que a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria dos homens.

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