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GOLDULA

sábado, 18 de março de 2006

Estão, com raras exceções, todos eles no mesmo caminho físico. Eles e elas. Minha geração não se cuida? Todos com barriguinha. Vejo minhas fotos, mais da metade do que sou fisicamente não me agrada, se pudesse faria uma recauchutagem geral. A era digital ajuda muito: estou sempre com o corpo encolhido em uma cadeira, comendo, digitando, teclando, jogando ou sem movimentos. Por horas assim. O que fazer? Odeio esforços, adoro sabores, odeio pensar, adoro sentar e encontrar tudo pronto no Google, na calculadora, nos livros. Encontrar os distantes e os desconhecidos, os escondidos, os reprimidos, os doidivanas, todos em um só lugar. Procurar-me, perder-me. E quero notícias dos meus inimigos, quero saber se estão pior do que eu. Sempre achamos que o outro está melhor. Até eles estão engordando! Mas, não suporto ver tanta foto de gente conhecida minha, da minha época, todos engordando. Meus irmãos engordando. Eu gor-DOOO. Pessoas que vislumbrei tão desejáveis: tudo gordinho. Todos fora do padrão comercial de beleza. Do padrão que acalma. Do padrão vendido nas lojas! Ai! Essa saliência da barriga! Esta forma arredondada da barriga! Os atos e artifícios por não mostrá-la. E a foto gritando: GORDURA! O "R! chega a virar "L": GOLDULA! É MENTILA! Não!Naum! Nãoooooooooohhhhhhh! É possível viver numa boa assim? Se quase tudo o que se associa à imagem do gordo é no sentido de ridicularização, ironia, sarcasmo, referencialidade negativa? O que pode nos propor, de repente, o Fat Family, assumidamente gordos, promocionalmente gordos, em dose família? Eu acho uma fofura vê-los cantar e dançar cadenciadamente. Dá vontade de ser um pouco mais gordinho também! Para aquele momento!

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