Pesquisar neste blog

Admirável Mundo Novo

sábado, 25 de março de 2006

Quanto mais nos informamos sobre a internet e seu crescimento avassalador, com suas conseqüentes exigências de técnicas e adaptação à realidade mais nos defrontamos com pegadas ainda mais desconhecidas e gigantes do que a dos dinossauros. Apesar de planejável, o futuro parece estar vindo cada vez mais rápido. Lembro-me quando minha mãe chegou em casa chorando por não conseguir acertar o que exigia um caixa-rápido no Banco do Brasil. Ela ficou constrangida por ter que pedir ajuda repetidamente e acabou desistindo. Várias pessoas com as quais tenho conversado sobre concursos públicos expressam o horror pelas questões que envolvem informática, internet, Office 2003 (Access, Word, Excel), Windows XP, entre outros. A Informática é, hoje, para os concursos públicos o que Química é para o 2º grau e para o vestibular: algo de outro mundo...mundo este que está à nossa volta e temos que nos render a ele: conhecimento e domínio de programas de computador. Segundo dados da BBC Brasil, metada da comunicação escrita da Grã-bretanha é feita por e-mail, seguido de celular com 29% e apenas 13% é feita com os tradicionais papel e lápis. Isto em média, as gerações mais antigas tendem a utilizar os meios mais tradicionais, os mais jovens só se utilizam da comunicação escrita em 5% dos casos. Para diminuir o descompasso entre a rapidez da entrada de mecanismos tecnológicos e a vagarosidade de acesso aos mesmos, as instituições políticas do Brasil, por exemplo, insistem em ostensivas campanhas de inclusão digital. Durante séculos, boa parte da nação vive num pobrerio absurdo e nunca se falou convictamente em inclusão literária, inclusão social. Quantas bibliotecas públicas existem em cada bairro? ou mesmo em cada casa? As bibliotecas universitárias têm um índice de renovação e de disponibilidade de livros incompatível com a real necessidade dos estudantes. Isto pra mim se assemelha muito aos fatores e interesses que culminaram com o fim da escravatura, para dar início a um novo modelo de economia global, com mão-de-obra assalariada, livre concorrência. Tudo muito bonitinho, afinal vivemos cercados de heróis, como os americanos no Iraque defendendo a soberania mundial contra o terrorismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Para seu comentário ser publicado:
1 - Não faça comentários ofensivos, abusivos, com palavrões, que desrespeitem as leis dos país.
2- Os comentários devem ter relação com a postagem.

 

Seguidores do blog

Mais lidos