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O acordar pela última vez réplica de Jackson Angelo

sábado, 18 de abril de 2009



Título - O acordar pela última vez parte 2
Autor: Jackson Angelo Pereira

Então, um belo dia, você acorda
E então abre os olhos e nota tudo estranhamente escuro
Apesar de ver um imenso fogo ao redor
E senti-lo consumir seu corpo profundamente
Olha pro céu e vê que não tem céu
Não tem mais horizonte
Não tem nada do que você esperava
Nada do que enquanto pessoa conhecia

Seu corpo se contorce pra todos os lados
Espinhos estão enfiados em todo corpo
Não há ar para respirar, apenas gases hediondos
Como feio é o inferno
Grotescas nuvens escuras, fétidas a toda podridão
Uma chuva de pus, sangue, tudo que é pútrido
Os olhos não se fecham, nunca se pode fechá-los
Eles ardem como que cortados ininterruptamente por facas
Que tristeza de lugar!
Isso não estava nos planos

Você só vê choro e ranger de dentes
Um bicho que nunca morre
Tão diferente dos carnavais, das minhas festas
Tão diferente do que eu pensei saber
Todos sentem dor e fome que continuamente aumentam
Todos se batem entrei si
Não há espaço pra ninguém
Estão todos misturados em suas próprias aflições
A dor é o eco, só se ouve gritar
Ai! Ai! Ai! Ai! Ai!
Ninguém tem parentesco, não existe amizade
Não há diálogo, não há explicações
Não existe como refletir na solidão
Não existe tempo
E se isto servir de consolo
Nem o diabo, nem os demônios escaparam
A morte também desapareceu
Somos todos eternamente condenados

Bichos medonhos, impensáveis à imaginação humana
Perpassam os corpos trazendo maldições cada vez maiores
Criaturas cuja única função é nos humilhar, nos fazer sofrer cada vez mais
Uma guerra ainda seria melhor
Estar infestado com todas as piores doenças
Viver na mais extrema miséria
Nada disso tem comparação
Aqui é o reino das trevas
Cujo rei perpétuo é o desprezo

A culpa já não tem sentido
O arrependimento não pertence mais a esse tempo
Ouvir, querer uma chance, já está tudo claro
Não há nenhum efeito especial
Ou pintura que retrate o morrer eternamente em sofrimento
Só não morre a consciência
E o choro que abranda a alma já não é possível

Texto 1
Título - O acordar pela última vez
Autor: Germano Firmino Maceió

Então um belo dia, você acorda
E então abre os olhos
Olha pro céu e vê que não mais existe horizonte

Como bonito é o paraíso
E ver que as nuvens escuras não existem mais
Meus olhos não conseguem enxergar mais nada
Além da beleza desse lindo lugar

Você vê que não existe choro
Não existe dor não existe fome
Não existe irmão contra irmão
Pai contra filho não existe mais

Não existem guerras
Não existe nada de ruim
É tão fácil ver a beleza
Aqui

O mal que nos separava do amor maior
O nosso amor àquele amor que fez
Com que fôssemos formados dentro do ventre materno

O amor que te deu a esperança
de estar vivo e ser fiel para que hoje
Deus pudesse te mostrar qual grande é o seu poder

É o amor que vejo dentro coração desse seres que habitam nesse lugar
Não consigo ver mais a malícia no olhar nem a maldade no coração, só vejo a paz
É o amor e eu acordei pela última vez e não estava mais no mundo dos homens

Estava no coração Deus, ao seu lado caminhando em um lugar de beleza indizível
Sem horizonte e o amor não tinha fim.

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