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Miragem

segunda-feira, 22 de maio de 2006


Ela nunca esteve aqui! Ela falava alguma coisa E eram apenas sons Agora nada mais fala Ainda que ensaie sons guturais "Testando!. Testando!" "Oi!". "Oi!" Porque, na verdade, nunca falou coisa alguma Um monólogo sem riqueza E ainda infeliz O acaso Meu monólogo Não há nada pra falar Acho que sempre falei sozinho Ou falei com uma invenção Sou como um móvel velho Mofado Porém ainda dava pra pôs os pés Sua voz é como o vento do deserto Onde ela estava quando você gritou? Quando desfaleceu nas areias quentes? Não há pegadas dela nos passos do seu caminho Procure Será em vão e você já sabe Não há dígitos de seus dedos em lugar nenhum Nenhum cartão, nenhum objeto É a própria extensão do deserto! Que pobreza!! De repente viu-se um mar E ao se tentar entrar nele Era apenas um chão rachado Como aquela pintura que de longe reluz E ao se aproximar é apenas Manchas de tinta sem o valor esperado Mas, a força da miragem não estava no deserto Estava dentro do próprio coração Esta tinta falsa que engana os olhos

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