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O CÉU E O LÁPIS

sábado, 11 de outubro de 2008

IMAGEM
Essa imagem montada pelo excelente artista gráfico Peter Allen mexe com o meu entendimento. Ela balança meus fracos neurônios por reunir os céus e o lápis.
O bom é que cada pessoa pode ver coisas diferentes até mesmo em relação ao que o artista pode estar propondo em sua inspiração. Interpretar livremente é uma forma de exercitar a própria personalidade.
Os céus, a altura celestial com todos os seus significados: a glória, o sucesso, o inalcançável, morada dos deuses e anjos, primeira morada até do próprio Satanás; lugar de sonhos, segredos e mistérios milenares.
O lápis, instrumento de trabalho e de vida dos mais essenciais à sociedade letrada em que estamos inseridos, existimos, nos achamos ou até nos perdemos, e que vai nos acompanhar até o fim.
São duas formas de escrita também. De um lado o céu, uma escrita viva de Deus, em um sentido estritamente cristão. Do outro, uma escrita humana. Os céus se mostram uma escrita ilimitada que ultrapassa nossa capacidade de ver e escrever; já o lápis transporta as mãos da nossa compreensão ou mesmo curiosidade por ver, pintar, bordar, falar sobre tudo, inclusive sobre o que o céu nos traz ao coração.
São dois extremos: um o inalcançável e outro um instrumento que pode ajudar a entender, alcançar em termos de compreensão esse inalcançável e até conquistá-lo em termos de projeção intelectual, espiritual e educacional, entre outras.
Segundo o Dicionários dos Símbolos de Chevalier e Gheerbrant (2006, pág. 227),
"O céu é um símbolo quase universal pelo qual se exprime a crença em um ser divino celeste, criador do universo e responsável pela fecundidade da terra (graças às chuvas que ele despeja).
(...) é uma manifestação direta da transcedência, do poder, da perenidade, da sacralidade: aquilo que nenhum vivente da terra é capaz de alcançar. O simples fato de ser elevado, de encontrar-se em cima, equivale a ser poderoso (no sentido religioso da palavra) e a ser, como tal, saturado de sacralidade... A transcedência divina se revla diretamente na inacessibilidade, na infinidade, na eternidade, e na força criadora do céu (a chuva).
(...) Emprega-se a palavra, com frequência, para significar o absoluto das aspirações do homem, como a plenitude da sua busca, como o lugar possível de uma perfeição do seu espírito, como se o céu fosse o espírito do mundo... Compreende-se que o raio - rasgadura brilhante do céu - seja apropriado para simbolizar essa abertura do espírito que é a tomada de consciência (VIRI, 109)."

A nossa compreensão de céu é muito cristã, por razões culturais e históricas, por isso achei razoável ampliar essa noção de céu conforme se pode encontrar nos textos bíblicos. Ora, se quando temos raiva de alguém o mandamos para o inferno, movidos por um sentimento contrário de amor, principalmente demonstrado com os que morrem:, podemos dizer "Ele deve estar no céu agora!". Quer dizer, são lugares dos quais temos, em comum, uma noção mais espiritual do que física. Adotei como referencial o Dicionário Bíblico Universal de Buckland (1999, pág. 91), que oferece com clareza uma visão do que são os céus, conforme o texto bíblico:
"Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados 'as aves dos céus' (Jó 35.11). é a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. O segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o "firmamento", ou a expansão do céu (Gn 1.8). O terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu de onde veio Cristo, para o qual subiu depois de sua ressurreição (At. 1.11), e donde há de vir outra vez (1Ts 4.16). A este mesmo céu Paulo foi arrebatado (2 C0 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3.12, 13; Hb 8.1; e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dod doze Patriarcas, Levi 2 e 3; Livro dos segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi preparado por Jesus Cristo (Jo 14.2); um lugar de felicidade (1 Co 2.9), e de glória (2 Tm 2.11); e é também, um repouso em se está livre de toda inquietação (Hb 4.10, 11); Paraíso (Lc 23.43; Ap. 2.7); uma herança (1 Pe 1.4); cidade (Hb 11.10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap. 7.15, 16), em completa alegria e felicidade (Sl 16.11), vida acima da nossa compreensão (1Co 2.9)."
Já deu pra ampliar um pouco o significado da palavra céu. Agora, o lápis. Vou ser bem objetivo. Quando se fala em lápis, o que vem à mente? Vou enumerar algumas coisas:
Caderno
O ato de Escrever
O ato de Ler
Livros, revistas, internet
Educação
Letra
Professores
Avisos, bulas, cd's, manuais, leis,
Cartas, mensagens, bilhetes
Comunicação
Conhecimento
Escolas
Ta aí esse pequeno instrumento traduzido em outras palavras. Afinal, o lápis não é grande em seus objetivos? Por isso, afie muito bem seu lápis e se esforce para manuseá-lo bem, porque ninguém vai escrever sua vida por você a não ser que você deixe. Quando for testado, é de você que se esperam as respostas. Você vai ter algumas pessoas que poderão te ajudar a dominar o lápis e tudo que se relaciona com ele, no início. Contudo, só até onde você não for capaz de andar por si mesmo. E é isso o que se espera. Ninguém vai alcançar o céu que você imagina, sonha, quer, espera por você.
Já prestou atenção que ele se parece um pouco com um foguete? O piloto dele é você. Boa viagem! Espero que alcance alturas nunca antes imaginadas!
(Jackson Angelo)

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