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A penalidade de ser visto como alguém que não existe

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Nesta nova sociedade o meio para que eu me corrigisse foi o desprezo.
Assim era a lei: para eu me aperfeiçoar, melhorar, me corrigir, todos da sociedade deveriam me desprezar. Não poderiam agir como se me vissem, como se eu tivesse existência.
Eu estava debaixo dessa lei e por infringir artigos dessa lei tive que ser submetido às penalidades nela definidas.
Eu poderia gritar, espernear, chorar, me debater, assaltar, me desesperar; apresentar joias, ouros, ferimentos, histórias, brindes; quebrar bens públicos, todos continuariam agindo como se eu não existisse. Assim era a lei. E foi o que fiz, nada adiantou. Eu não existia, ainda que com lágrimas e desespero tenha procurado.
Passado o tempo da penalidade a mim imposta, passou meu castigo, conforme a lei, e então novamente fui reintegrado à sociedade; passei a ser visto, passaram a falar comigo.
Quando, eis que vejo a alguns metros alguém com o mesmo castigo que sofri imposto por essa nova sociedade. Todos se afastaram e fingiram nada ver, todos respeitaram a lei. Meu coração não suportou e lhe ofereci o que mais precisei em todo tempo dessa inexistência social: um abraço apertado com todo calor humano da minha alma.
Creio que fui realmente aperfeiçoado, embora não conforme a lei.

Texto: Jackson Angelo

Não desanime, insista, persista

São muitas notícias ruins, fatos ruins, realidade péssima. Se a gente se deixar levar por tanta coisa negativa e indigna então não haverá lugar para nenhuma alegria, contentamento, esperança nem vontade de estar junto aos próximos, porque essa força negativa só de ver, só de saber que existe, que acontece, que a maldade grita a toda instante... enfraquece, entristece...
Já nem percebemos sequer damos importância se o sol nascer... Sim! É mais um dia que o sol nasce... E daí? Mais um dia de problemas? Ou mais um dia em que temos chance de vencer nem que seja um pouquinho? 
Pedimos forças a Deus e força é pra ser usada! Aí vêm os problemas e como nos portamos? Temos a chance de verificar se temos a força necessária: mãos à obra! Mas, parece haver uma tristeza de utilizar essa força! 
Ou existe a síndrome do fracasso: quando colocamos o obstáculo acima de qualquer força e já adiantamos na cabeça que não vamos conseguir? 
Lute! Não se desespere! Não se deixe abater! As mãos vão sangrar, os pés vão sangrar, mas parar de viver, de sonhar, de acreditar nunca valeu à pena pra ninguém! A não ser que o que queremos, sonhamos não seja de fato digno pras nossas vidas! Na nossa limitação, é melhor esperar em Deus, mas com as mãos, pés, cabeça e corações ocupados!
É comum que muitos já pensem na chuva como um problema e um problema a ser enfrentado... Mas se olharmos bem de perto como é lindo um pingo de água e vários pingos ao mesmo tempo caindo... Nem tudo é tempestade nem temporal... nem tudo é um dilúvio para destruição em massa... Precisamos da chuva, do frio, do calor, das coisas médias também...
Então, depositemos toda nossa expectativa, fé, esperança n'Aquele que fez todas as coisas, que sabe e pode todas as coisas, n'Aquele que nos ama com um amor que nunca, por mais sabedoria e imaginação que tenhamos, jamais seremos capazes de explicar ou dimensionar porque nossa limitação não permite.
Mantenhamos a esperança, a fé, o amor, se estas coisas, estas forças, estes princípios não existirem mais em nossos corações já não haverá motivo algum de ouvirmos, sentirmos, vivermos, falarmos, existirmos, porque não foi um mundo sem graça e sem propósitos que Deus nos entregou. Não foi um mundo criado para tristeza, abatimento, desespero! Pense na beleza da criação! Já falei demais, talvez pra mim mesmo, só sei que só em saber que Deus existe já há razões suficientes para ter forças pra viver!

Texto: Jackson Angelo

Um objeto não se preocupa com você

Um objeto não se preocupa com você. Não procura notícias suas, tanto faz se você está vivo, morto, triste, alegre, torto, despedaçado ou inteiro.
Um objeto pode ir de mão em mão, lugar em lugar e pra ele tanto faz. Não existe a força do coração, do sentimento.
Um objeto nunca vai entregar sua vida nas mãos de Deus. Nunca vai telefonar, acariciar, lembrar de coisa boa ou má alguma.
Assim é o material. Assim é o ser humano-objeto, guiado pelo sentido de troca material.

Texto: Jackson Angelo

Reflexão sobre autoridade e moral para dizer o que é correto

Lamentável quando você quer com toda boa vontade mostrar, expor, clarear o que é correto e alguém age com ironias, comparações e fundamentos em pessoas que parecem ser, estar acima da própria razão.
Se fosse apenas uma vez que esse tipo de situação ocorresse, mas toda vez, toda vez. Aí vem a pergunta: vale a pena insistir com a publicação, divulgação e fortalecimento do que é correto?
Hoje em dia, se critica muito os que acreditavam que a terra não era redonda, mas em muitas coisas o mundo e as pessoas estão assim: enxergando a forma errada e de forma errada.
Se um professor de Harvard disser que pode provar que todos gostam de sofrer, as pessoas já nem querem discutir, já se acham derrotadas em enfrentar seu raciocínio e acreditam sem pestanejar. Mas se um plebeu da escola estadual daqui de Cabedelo disser que ninguém em sua sã consciência gosta de sofrer, a maioria duvidará.
Por isso, continuo amando o meu direito de ver, pensar, experimentar, raciocinar e nunca me prender à ideia de que os pensamentos e verdades que conheço chegaram ao seu ápice e não podem amadurecer, aperfeiçoar etc.

Tem momentos que um ser humano precisa de uma compreensão especial, sem a frieza de números, sem métricas, padrões, protocolos, sem raciocínios científicos, filosóficos, matemáticos.
Momentos em que cada limite seu é desafiado e posto à prova.
Momentos em que a alma está de coma sem conseguir pensar, raciocinar.
Momentos de medo, tensão, indignação.
Momentos em que a vontade e o poder de decidir estão severamente comprometidos.
Colocar-se no lugar do outro nestes momentos vai muito além do que sabemos de nós mesmos e da pessoa.

Texto: Jackson Angelo

O essencial de uma pessoa é invisível aos olhos, mas pode ser ainda o menos desejável dela

"O essencial é invisível aos olhos". Concordo. O problema é que muitas vezes o essencial de uma pessoa é o menos desejável possível. Na verdade, pode chegar ao mais profundo do diabólico: destrói, rouba (não só coisas físicas mas também dos sonhos, da paz, dos relacionamentos, da personalidade); e mata, podendo matar de uma forma definitiva por anos e, se não se tiver fé, pela vida toda.
Resumindo: "O essencial de uma pessoa é invisível aos olhos, mas pode ser ainda o menos desejável dela".
Texto: Jackson Angelo
 

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