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Todos são inocentes até que se prove o contrário

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O "Todos são inocentes até que se prove o contrário" dos americanos é tão mais fácil de entender e assimilar o que diz a nossa Constituição de 1988, em seu art. 5º, inciso LVII:
"ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
É bem a nossa cara esse tipo de discurso, distante do que o povo pode entender, assimilar, compreender. Tanto que até nosso presidente já mencionou: "Todos são inocentes até que se prove o contrário".
Até em minha cidade é muito mais conhecida a expressão "Todos são inocentes até que se prove o contrário" do que o trecho "parecido" da nossa amada Constituição.
Receio que esse desconhecimento não fica apenas nessa expressão. A Constituição, de modo geral, é bem desconhecida do nosso povo. Coitado! Qual disciplina em alguma escola se ocupa atualmente com a compreensão da Constituição Federal do Brasil?

O perdão e a convivência

Chega um momento em que não importa mais quem errou, como errou, quem prejudicou ou foi prejudicado. É muito mais construtivo esquecer tudo (de boa vontade, acreditando no futuro) e começar tudo de novo.
Agir com toda cautela para aproveitar todas as lições possíveis dos momentos difíceis, em que todas as partes envolvidas nos conflitos se acham donos da razão, da verdade, em que cada um se achou mais injustiçado e incompreendido no que ouviu, no que tem falado, no modo como agiu ou deixou de agir.
Parece que uma nuvem de fumaça sufocante se põe entre as pessoas que vivem um duro conflito. Uma fumaça de desunião, de afastamento, de raiva e indignação.
Uma raiz de amargura cresce rapidamente e penetra com profundidade a alma.
Só o perdão pode resolver situações de conflito persistente.
A proposta é fazer como Deus nos ensinou e nos ensina na oração do Pai Nosso: " [...] perdoa as nossas dívidas (falhas) assim como nós temos perdoado a quem nos tem ofendido". Se formos sinceros na avaliação do nosso eu, da nossa conduta, é possível visualizar onde temos falhado com relação a Deus e com relação às pessoas, mas Ele nos compreende porque conhece nossa estrutura, sabe que somos pó e carne.
Então, se temos essa compreensão e possibilidade de que Deus esqueça tudo o que fizemos de errado, se Ele nos dá uma chance, e passa a conviver conosco pacifica e amorosamente, inclusive perdoando nossas queixas, reclamações, ingratidões, é possível entender que devemos ser assim com as pessoas.
Há momentos na convivência com outras pessoas, seja com amigos, familiares, companheiros de trabalho, de atividades variadas, em que só esse tipo de atitude, só um posicionamento sério para perdoar garante que tudo se refaça, toda a harmonia de antes ressurja iluminando o ambiente. Afinal, todos somos falhos.
Recentemente, vivi isto no meu setor de trabalho. Chegou a um nível insustentável de separação, de palavras frias, sem sentimento, sempre com a intenção de machucar, acusar, colocar o outro contra a parede. Então, a proposta lançada para todos foi essa: o retorno.
Que cada um retornasse do pico de intolerância do seu EU, da montanha de distanciamento, que cada um esquecesse e deixasse de querer saber quem errou, quem não errou e passasse a respeitar o outro, a tratar bem, pois todos gostam de ser bem tratados, com cordialidade.
Isso não é difícil. Ora, desde quando respeitar uma pessoa é tão difícil?
Desde quando não cometemos nossas mancadas, não caímos, não julgamos mal, interpretamos mal, ainda que escondamos isso?
Para nosso sorte, aceitamos a proposta e tudo foi normalizado, o equilíbrio restaurado. Afinal, toda separação, toda intolerância, tudo que tira a paz, tudo que leva as pessoas a se agredirem certamente não é de Deus, é do maligno, é do mal e tem que ser tirado da nossa vida. Temos que acreditar na misericórdia divina, e acreditar no poder do perdão.
Foi essa a arma que Deus nos legou através de Jesus Cristo para termos paz com Deus e certamente com nossos irmãos, com nossa família, com as pessoas que convivem conosco.
Obviamente, há atos muito destruidores e sórdidos que merecem uma análise mais detalhada, em que é possível perdoar, contudo é imperativo que exista uma punição adequada, que deverá ser aplicada por quem tem poder institucionalizado para tal.

 

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