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Wallpapers com algo a dizer I (jpg)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

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Esse wallpaper me fez pensar que há pessoas que se contentam com a normalidade, com o convencional, no sentido de que nada contestam, por mais óbvio que seja o engano, ou ainda porque foram acostumadas assim: a aceitar a realidade como ela é, algo já determinado, com regras e funcionamento contra os quais não se deve lutar ou compreender com perfeição. Afinal, "O prato já está na mesa! Você não vai querer saber como cultivar o feijão, o arroz, ou engordar uma vaca. Já tem gente que faz isto pra você. Não precisa você ver com seus olhos, já tem gente que olha pra você, ou 'melhor', por você."
Aos questionadores resta tantas vezes o isolamento, a rejeição. Ou ainda um tratamento por vezes disfarçado de comiseração, como se aquele que questiona fosse um retardado mental, um leproso.
O que é normal é seguro. Esse normal pode esconder séculos de hipocrisia culturalizada, entranhada na alma. Séculos de vidas vazias, sem respostas, sem experimentar realmente o viver.
Sempre gostei de questionar, por mais duras que sejam as respostas.
Há realidades e verdades que doem profundamente. Há fantasias e ilusões que sacrificam o dom de viver por uma vida de mentira, sem luz, sem conhecimento.
O que questiona pode voar mesmo que naturalmente não tenha asas. Não tomo o sentido de questionar como sinônimo de revolta, revolução violenta com derramamento de sangue e agressões verbais frias e gratuitas nem como irmã da anarquia.
Entendo, neste momento, que questionar é formular questões, nasce do desejo de querer saber a razão das coisas, ou ainda verificar se minha compreensão é correta, real, se pode ou precisa ser melhorada. É entender os limites, onde está a verdade, sem dominação de uns, sem interesses de outros.
Questionar a mim mesmo também: "Por que tenho tais medos, tais vergonhas, tais descontroles? É possível melhorar de vida material e espiritual, de personalidade? Melhorar de vida, no meu entendimento, é melhorar financeiramente, sim. Não no sentido egolátrico e narcisista de ter acesso a lazeres, bens, aparatos e serviços que me me darão um status social maior na sociedade da super-imagem e ostentação, vivendo mais para o outro do que pra mim mesmo. E melhorar como pessoa também. Questionar os meus defeitos, auto-criticar, medir o que faço e deixo de fazer. Planejar minha vida para valorizar meu tempo, meu corpo, meus ouvidos, minha pele, minha família, minha cidade, no hoje e no amanhã, pois vou envelhecer.
Voltando ao wallpaper, queria me sentir mais leve compreendendo melhor a mim mesmo e as pessoas. Compreender sem vaidades, com amor, com respeito, com justiça. Tão leve a ponto de voar, ficar menos preso a isso que determinam de única forma de andar, ver, caminhar. Pode até ser que seja, mas isso não me tira o direito de querer saber, de perguntar.

Já neste segundo wallpaper, vejo o contrário. Já puseram em mim uma máscara, sem boca, sem capacidade de expressão própria. Olhando o mundo, mas pensando o quê? Por mais seguro que eu pareça estar, sou a continuação de um olhar, de um pensamento que não é meu.
Eu poderia tirar essa máscara. Mas, será que irão tolerar meu olhar, minha face? Meus amigos continuarão meus amigos? Ainda que estivessem todos ao meu redor, na verdade, nunca estiveram. A solidão soletra meu nome com o vento funebremente.
 

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