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Pequeno frame felino

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

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História de uma gata
Enriquez - Bardotti - Chico Buarque/1977
Para o musical infantil Os saltimbancos


Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram

O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé...de gato
Me diziam, todo momento
Fique em casa, não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás

De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás


1977 © by Cara Nova Editora Musical Ltda. Av. Rebouças, 1700 CEP 057402-200 - São Paulo - SP
Todos os direitos reservados. Copyright Internacional Assegurado. Impresso no Brasil

Omnia vincit amor (O amor tudo vence)

Essa passagem com explicações sobre a famosa expressão latina "omnia vincit amor (o amor tudo vence) foi extraída do Dicionário de Sentenças Latinas e Gregas, de Renzo Tosi, 2ª edição, publicado pela Editora Martins Fontes, São Paulo, no ano 2000.

"1412. Omnia vincit amor
O amor tudo vence
Essa famosa expressão é extraída de Virgílio (Bucólicas, 10,69: Omnia vincit amor et nos cedamus amori) e já na Antiguidade era considerada - como informa Macróbio (Saturnalia, 5,16,7) - máxima autônoma e como tal citada (por exemplo, nos escólios bernenses a Lucano, 3,402, por Nônio [446,6; 526,34] e em vários textos medievais, para os quais remeto a Sutphen 129); é retomada textualmente no V. 437 de Ciris do Pseudo-Virgílio e em diversas sentenças medievais, como Walther 20099, que, no entanto, se conclui com sed numus vincit amorem, "mas o dinheiro vence o amor"; outra variação é Femineus duleis omnia vincit amor, "o doce amor feminino tudo vence" (Walther 9317a, cf. também 12345,2). É muito difundido o motivo segundo o qual nada é difícil para quem ama (é preciso também lembrar que, para os latinos, o verbo amare também dizia respeito às relações afetivas em geral, e em especial à amizade); ver, além de muitos trechos medievais mencionados por Sonny 94 S. e por Sutphen 129, Cícero (Orator, 10,33), São Jerônimo (Ep. 22,40) e sobretudo um trecho de Epistulae ad familiares de Cícero (3,9,1), onde o amor aliado ao studium e à benevolentia é um dos comportamentos para os quais não existem impossibilidades. Lembro que Amor tenet omnia é título de um dos Carmina Burana; nas literaturas modernas, a onipotência do amor constitui topos freqüente: ct., por exemplo, Shakespeare, As alegres comadres de Windsor, 5,5, dois belos versos de Emily Dickinson (That love is all there is / is all we know of lave); finalmente, recordo também a referência no recente filme de Terry Gilliam, Fisher King [O pescador de ilusões]; em todas as modernas línguas européias também é registrado como proverbial o equivalente da sentença latina (cf. Arthaber 81: em italiano existe Tutto vince amor) e entre as variantes dignas de nota estão a inglesa Love makes his kingdom without a sword e a alemã Lust und Liebe zum Dinge macht alle Arbeit geringe; no Brasil se diz "O amor não tem lei". Nos vários dialetos italianos registra-se o equivalente a Chi soffre per amor non sente pene [quem sofre por amor não tem desgosto] (ct. Zeppini Bolelli 9); para o topos da dificuldade de os non amantes fazerem algo, ou seja, aqueles a quem não agrada fazer, ct. nº 887.

Frame Perfume das Rosas (PNG)

Uma moldura em forma de coração florido para grandes momentos de amor
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Coração florido.png

 

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