A Bíblia oferece várias razões para a proteção e cuidado responsável dos animais, fundamentando-se principalmente na ideia de que os animais são parte da criação de Deus e que os humanos têm responsabilidades especiais em relação a eles. Aqui estão algumas razões bíblicas para proteger os animais:
Domínio Responsável: Em Gênesis 1:26, Deus dá ao homem "domínio" sobre os animais. Tradicionalmente, essa palavra tem sido interpretada como uma licença para usar os recursos naturais, incluindo animais, à vontade. No entanto, muitos teólogos modernos interpretam "domínio" como uma responsabilidade de cuidado e proteção, enfatizando a gestão responsável e o cuidado compassivo dos animais.
Os Animais como Parte da Boa Criação de Deus: Gênesis 1:25 diz que Deus fez os animais e viu que era bom. Este reconhecimento da bondade inerente da vida animal implica um chamado para respeitar e preservar essa bondade.
Consideração por Todas as Criaturas: O Livro de Provérbios (12:10) menciona que "o justo cuida bem de seus animais". Isso sugere que a retidão e a ética moral estendem-se ao tratamento dos animais.
Animais como Beneficiários do Pacto de Deus: Em Gênesis 9:9-10, após o Dilúvio, Deus estabelece um pacto não apenas com Noé e sua família, mas com todos os seres vivos, incluindo todos os animais da terra. Isso indica que os animais são parte integrante da comunidade da criação com a qual Deus está preocupado.
Descanso para os Animais: As leis do Antigo Testamento incluem disposições para o descanso dos humanos e dos animais. Por exemplo, em Êxodo 20:10, o mandamento do sábado inclui descanso para os bois e asnos, indicando a preocupação com o bem-estar dos animais.
Misericórdia e Compaixão: Diversos textos bíblicos enfatizam a misericórdia e a compaixão como valores centrais que devem ser estendidos a todas as formas de vida, incluindo os animais.
Para ilustrar a misericórdia e compaixão estendidas aos animais na Bíblia, aqui estão dois versículos que enfatizam esses valores:
- Provérbios 12:10 - "O justo cuida bem dos seus animais, mas o coração dos ímpios é cruel." Este versículo destaca que o cuidado adequado dos animais é um reflexo da justiça e bondade, enquanto a crueldade é associada à impiedade.
- Jonas 4:11 - "E não me deveria eu compadecer da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem discernir entre a mão direita e a esquerda, e também muitos animais?"
Neste contexto, Deus expressa sua misericórdia por Nínive, pelas pessoas e também pelos muitos animais na cidade, reforçando a ideia de que sua compaixão se estende a todas as suas criaturas.
Esses princípios refletem uma ética de cuidado e respeito por todas as criaturas, vendo os animais como criaturas de Deus que merecem cuidado e proteção.
Atualmente, os animais dos polos, como ursos polares, morsas, pinguins, albatrozes-errantes dentre outros enfrentam desafios significativos devido às mudanças climáticas, que têm impactos diretos na sobrevivência dessas espécies.
Ursos Polares: Eles são classificados como vulneráveis e continuam a enfrentar ameaças significativas devido à perda de seu habitat de gelo marinho essencial para a caça de focas, sua principal fonte de alimento. A diminuição do gelo do mar Ártico está resultando em períodos prolongados sem acesso ao alimento, o que leva ao jejum estendido, falhas reprodutivas e aumento da mortalidade.
Morsas: As morsas do Pacífico também estão sendo drasticamente afetadas pelo recuo do gelo marinho. Isso força os animais a se aglomerarem em "haulouts" costeiros, que são menos ideais e mais perigosos do que o gelo marinho. Esses grandes agrupamentos podem levar a pisoteamentos mortais, especialmente entre os jovens, e as morsas têm que viajar distâncias maiores para alcançar suas áreas de alimentação, aumentando seu gasto energético e afetando sua condição corporal e taxas de reprodução.
Pinguins: Especificamente para os pinguins que habitam as regiões polares, como os pinguins-imperador e Adélia, eles estão enfrentando desafios similares com a perda de gelo, que afeta a disponibilidade de alimento e a segurança de seus locais de nidificação.
Albatroz errante: Enfrenta riscos significativos, incluindo captura acidental em longlines, mudanças climáticas afetando seus habitats alimentares e perturbações em locais de reprodução.
Obs.: Longline é um método de pesca que envolve o uso de uma longa linha de pesca principal, que pode se estender por quilômetros, da qual pendem linhas secundárias mais curtas com iscas e anzóis. Este método é frequentemente utilizado para capturar uma grande variedade de peixes, incluindo atum e peixe-espada, e é conhecido por sua eficácia em águas profundas. No entanto, a pesca com longline também é criticada por seu impacto ambiental, especialmente por capturar acidentalmente espécies não-alvo, como aves marinhas, tartarugas e tubarões, o que é conhecido como captura incidental ou bycatch.
Esses animais estão em uma corrida contra o tempo, com projeções indicando que as condições podem piorar se as tendências atuais continuarem. O envolvimento de governos e organizações internacionais na criação e implementação de planos de conservação eficazes é crucial para a sobrevivência dessas espécies no futuro.
Jackson Angelo
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