Vivemos uma realidade mórbida e viciada em que tudo é produto a ser consumido e vendido, comprado, desejado, imitado.
O ideal é que nossa mente, nossos gostos, nossas fotos, nossos momentos ou não-momentos (fotografados, registrados ou não) deixem de ser vistos principalmente por nós como produtos.
Tem muita comida boa que sequer é vendida. Tem muita música boa que jamais foi nem será ouvida enquanto prevalecer essa escravidão de tudo ter que ser produto, tudo ter que ser visto e sentido como produtos à venda. Só tem valor se tive vitrine, marca, loja, seguidor, compartilhamento, engajamento.
Até muitos já avaliam seu trabalho e sua vida desta forma: pela aprovação dos donos das rotas comerciais, dos governos, das alfândegas etc. Pelo valor externo que lhes é atribuído, ficando o nosso interior condicionado a ser submisso a esta avaliação padrão. São algemas mentais que precisam ser rompidas. Primeiro, nossa mente tem que ter luz suficiente para começa a enxergar o fenômeno.
Nesse contexto, até Jesus, o salvador da humanidade, foi invisibilizado por um sistema assim: "nenhuma beleza nele víamos para que o desejássemos!". Ele era feio, indesejável para os seus reais destinatários. E ainda mais indesejável se tornou para os poderosos da época por ser e representar uma revolução na visão dominante do sistema. Assim, além de ser indesejável, intolerável, intragável, chegou ao nível de condenado à morte.
(JAP, em 18/07/2023)
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