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quarta-feira, 5 de junho de 2024

A Regulação de imagens de advertência sobre riscos à saúde pelo consumo de Bebidas Alcoólicas no Brasil e Comparativo com o Controle do Tabaco


Assim como as embalagens de cigarros, acredito que os recipientes e embalagens de bebidas alcoólicas também deveriam conter advertências contextualizadas com imagens. Pode parecer uma utopia, considerando que a indústria do álcool é multibilionária e é difícil e pouco desejável para estes poderosos grupos lutar contra isso. No entanto, mesmo contra os costumes, a cultura e toda a visão paradisíaca associada ao álcool, continuo acreditando que essa mudança é uma atualização fundamental e necessária na forma como ainda convivemos com esta componente cultural e lúdico.

Dados Atualizados sobre Mortes por Álcool no Brasil (até 2023)

Os dados mais recentes indicam que o consumo abusivo de álcool no Brasil continua a ser um problema significativo. Em 2023, o relatório Vigitel revelou um aumento no consumo abusivo de álcool, passando de 18,4% em 2021 para 20,8% da população em 2023. Especificamente, o consumo entre homens subiu de 25% para 27,3%, e entre mulheres de 12,7% para 15,2%​ (CISA)​​ (CISA)​.

Além disso, as mortes relacionadas ao álcool, especialmente em acidentes de trânsito, continuam alarmantes. Em 2021, a combinação de álcool e direção resultou em aproximadamente 10.887 mortes, o que equivale a cerca de 1,2 mortes por hora​ (Globo)​. No contexto geral, a mortalidade por doenças associadas ao álcool no Brasil aumentou, e a situação permanece crítica, com especialistas sugerindo que o número real de mortes pode ser ainda maior do que os dados oficiais indicam​ (CISA)​.

Esses dados destacam a necessidade de campanhas de conscientização e políticas públicas mais rigorosas para combater os efeitos nocivos do consumo de álcool na saúde pública.

Referências:
  1. CISA - Centro de Informações sobre Saúde e Álcool. "Consumo abusivo de álcool no Brasil em 2023." Disponível em: https://cisa.org.br. Acesso em: 5 jun. 2024.

  2. G1. "Lei Seca 15 anos: mistura de álcool com direção causa 8,7 internações e 1,2 mortes por hora no país em 2021." Disponível em: ttps://g1.globo.com/saude/noticia/2021/12/15/lei-seca-15-anos-mistura-de-alcool-com-direcao-causa-87-internacoes-e-12-mortes-por-hora-no-pais-em-2021.ghtml. Acesso em: 5 jun. 2024.

O Álcool Mata Mais do que o Cigarro no Mundo? A seguir as respostas e mais informações.

Em termos globais, o álcool causa um número significativo de mortes, mas ainda assim, o tabaco continua a ser responsável por mais mortes anualmente.

Mortes por Álcool

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo nocivo de álcool resulta em cerca de 3 milhões de mortes por ano, representando 5,3% de todas as mortes mundiais. O álcool é um fator causal em mais de 200 doenças e condições de lesão, e contribui significativamente para mortes prematuras e incapacidades, especialmente entre pessoas com idades entre 20 e 39 anos​ (World Health Organization (WHO))​​ (World Health Organization (WHO))​.

Mortes por Tabaco

O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano, incluindo aproximadamente 1,3 milhão de mortes entre não fumantes expostos ao fumo passivo. O uso de tabaco continua sendo uma das maiores ameaças à saúde pública global​ (World Health Organization (WHO))​​ (World Health Organization (WHO))​.

Comparação entre Álcool e Tabaco

Embora o álcool cause um grande número de mortes e tenha impactos severos na saúde, especialmente em doenças hepáticas, acidentes de trânsito e violência, o tabaco ainda mata mais pessoas anualmente. As mortes relacionadas ao tabaco são, em grande parte, devido a doenças crônicas como câncer de pulmão, doenças cardíacas e doenças respiratórias crônicas, que têm uma prevalência mais alta globalmente.

Portanto, enquanto o álcool tem um impacto considerável na saúde pública, o tabaco continua a ser o maior assassino em termos de números absolutos de mortes anuais. Esses dados ressaltam a importância de políticas e campanhas rigorosas de saúde pública tanto para o controle do álcool quanto do tabaco.

Imagine ver uma garrafa de whisky famoso, de cervejas populares, de cachaças "prometendo alegria", etc., com imagens de pessoas morrendo em acidentes de carro, de inocentes vitimados por motoristas bêbados, de brigas violentas causadas por abuso de álcool. Imagens de pessoas com cirrose hepática, anemia, problemas de pressão sanguínea, entre outros.

Ambas as práticas: tabagismo e consumo de álcool possuem todas as ferramentas e potencial destrutivo para causar consequências irreparáveis e extremamente dolorosas.

Imagens de homens, pais de família, com vidas destruídas e sem exemplo para os filhos, tudo por conta do consumo diário de álcool. Isso os comerciais não mostram. Poucos filmes retratam. O álcool sempre aparece associado a momentos de prazer em novelas, seriados, filmes, etc. Na vida real, muitas pessoas que bebem aparentam estar se divertindo muito. Quando as pessoas vão se divertir, o álcool não pode faltar.

Alguns Filmes que Retratam Problemas com Tabagismo e Consumo de Álcool

  1. "Obrigado por Fumar" (Thank You for Smoking, 2005)

    • Sinopse: O filme satírico dirigido por Jason Reitman acompanha Nick Naylor, um porta-voz da indústria do tabaco que usa sua inteligência e charme para defender os direitos dos fumantes e produtores de cigarro. O filme explora as estratégias de marketing e manipulação da indústria do tabaco, e a trama inclui também referências ao consumo de álcool.
    • Problemas Abordados: Tabagismo, influência das indústrias de tabaco e álcool, ética na propaganda.
  2. "Despedida em Las Vegas" (Leaving Las Vegas, 1995)

    • Sinopse: Dirigido por Mike Figgis, este drama acompanha Ben Sanderson, um roteirista de Hollywood que se muda para Las Vegas com o objetivo de beber até morrer após perder tudo devido ao alcoolismo. Lá, ele inicia um relacionamento com uma prostituta chamada Sera.
    • Problemas Abordados: Alcoolismo extremo, auto-destruição, impactos pessoais e relacionais do abuso de álcool.
  3. "O Vencedor" (The Fighter, 2010)

    • Sinopse: Dirigido por David O. Russell, este drama biográfico conta a história do boxeador Micky Ward e seu irmão Dicky Eklund, que luta contra o vício em crack. Embora o foco seja o uso de drogas, o filme também aborda os problemas com o álcool que afetam a dinâmica familiar e a carreira de Micky.
    • Problemas Abordados: Abuso de substâncias, impacto familiar do vício, redenção.
  4. "Vício Frenético" (Bad Lieutenant: Port of Call New Orleans, 2009)

    • Sinopse: Este filme de Werner Herzog segue um tenente de polícia em Nova Orleans que lida com vícios em drogas e álcool enquanto investiga o assassinato de uma família de imigrantes. O personagem principal, interpretado por Nicolas Cage, é um policial corrupto cuja vida é dominada pelo abuso de substâncias.
    • Problemas Abordados: Alcoolismo, dependência de drogas, corrupção policial, deterioração moral.
Sei o quanto pode ser prazeroso beber, mas acredito que há limites. As instituições que regulam esse comércio deveriam considerar muito mais os aspectos destrutivos do consumo de bebidas alcoólicas. O número de mortes, de vidas perdidas, de pessoas prejudicadas pelo alcoolismo justifica uma campanha forte e fria nesse sentido.

Filmes Brasileiros que Retratam Problemas com Tabagismo e Consumo de Álcool

  1. "Meu Nome Não é Johnny" (2008)

    • Sinopse: Dirigido por Mauro Lima, o filme é baseado na história real de João Guilherme Estrella, um jovem da classe média alta do Rio de Janeiro que se envolve com o tráfico de drogas e acaba se tornando um dos maiores fornecedores de cocaína da cidade. O filme aborda o impacto das drogas e do álcool na vida de João e sua trajetória de decadência e recuperação.
    • Problemas Abordados: Consumo e tráfico de drogas, alcoolismo, consequências legais e sociais do vício.
  2. "O Palhaço" (2011)

    • Sinopse: Dirigido e estrelado por Selton Mello, o filme conta a história de Benjamin, um palhaço que, junto com seu pai, trabalha em um circo itinerante. Embora o foco principal não seja o vício, o filme retrata o alcoolismo do personagem Puro Sangue, que é o palhaço veterano do circo e lida com seus problemas pessoais através do álcool.
    • Problemas Abordados: Alcoolismo, dificuldades emocionais, busca por identidade e propósito.
  3. "O Bicho de Sete Cabeças" (2001)

    • Sinopse: Dirigido por Laís Bodanzky, este drama é baseado no livro "Canto dos Malditos" de Austregésilo Carrano Bueno e conta a história de Neto, um jovem que é internado em um manicômio pelo pai ao ser pego com um cigarro de maconha. O filme aborda os maus-tratos sofridos por Neto e critica o sistema de saúde mental da época.
    • Problemas Abordados: Abuso de substâncias, impacto do tabagismo e drogas leves, tratamento inadequado de dependentes químicos.
  4. "Chega de Saudade" (2007)

    • Sinopse: Dirigido por Laís Bodanzky, o filme se passa em um salão de dança em São Paulo e retrata diversas histórias de frequentadores do local. Entre os personagens, está Bel (interpretada por Maria Flor), uma jovem que lida com problemas de alcoolismo.
    • Problemas Abordados: Alcoolismo, solidão, relações humanas.

Referências

  1. Our World in Data. "Deaths attributed to tobacco, alcohol and drugs." Disponível em: https://ourworldindata.org/grapher/deaths-attributed-to-tobacco-alcohol-and-drugs. Acesso em: 5 jun. 2024.

  2. National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA). "Alcohol Facts and Statistics." Disponível em: https://www.niaaa.nih.gov/publications/brochures-and-fact-sheets/alcohol-facts-and-statistics. Acesso em: 5 jun. 2024.

  3. World Health Organization (WHO). "Alcohol." Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/alcohol. Acesso em: 5 jun. 2024.

  4. World Health Organization (WHO). "Tobacco." Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/tobacco. Acesso em: 5 jun. 2024.

POR QUE NAO TEMOS CAMPANHAS DE IMAGENS DE ADVERTÊNCIA EM BEBIDAS COMO TEMOS NOS CIGARROS?

A ausência de campanhas de imagens de advertência em bebidas alcoólicas, similar às presentes em embalagens de cigarros, pode ser explicada por uma combinação de fatores históricos, econômicos, sociais e políticos. Aqui estão algumas razões principais:

  1. Histórico de Regulação Diferente: A regulação do tabaco e do álcool tem trajetórias históricas distintas. O tabaco passou por um processo de regulação mais rigoroso devido ao consenso científico robusto sobre os riscos diretos à saúde, como câncer e doenças cardiovasculares, e a pressão das organizações de saúde pública.
  2. Influência Econômica e Política: A indústria do álcool é poderosa e influente em muitos países, muitas vezes contribuindo significativamente para a economia por meio de impostos e criação de empregos. Isso pode levar a uma menor pressão regulatória e uma resistência maior às medidas que poderiam afetar negativamente o consumo.
  3. Diferença Percebida nos Riscos: Há uma percepção pública e política de que o consumo moderado de álcool pode ser parte de um estilo de vida saudável, enquanto o uso do tabaco é considerado prejudicial em qualquer quantidade. Isso influencia a forma como as campanhas de saúde pública são estruturadas e implementadas.
  4. Diversidade de Produtos: O álcool está presente em uma ampla variedade de produtos (cervejas, vinhos, destilados) e contextos culturais (festas, celebrações, rituais religiosos), o que torna mais difícil a implementação de uma campanha uniforme e eficaz.
  5. Abordagens Alternativas de Educação: Em vez de imagens de advertência, muitos países optam por campanhas de educação pública, restrições de publicidade e promoção, regulamentação de pontos de venda e fiscalização de idade mínima para compra e consumo, visando reduzir o consumo excessivo e os danos associados ao álcool.
  6. Lobbying e Campanhas de Marketing: A indústria do álcool frequentemente realiza lobby contra regulamentações mais rígidas e promove campanhas de responsabilidade social corporativa que destacam o consumo responsável, o que pode suavizar a percepção dos riscos associados ao álcool.

Esses fatores combinados resultam em uma abordagem diferente para a regulamentação e as campanhas de conscientização sobre os riscos do álcool em comparação com o tabaco.

QUAL A LEGISLAÇÃO VIGENTE NO BRASIL A ESSE RESPEITO DE INFORMAR SOBRE OS RISCOS DO CONSUMO DE BEBIFAS ALCOOLICAS?

No Brasil, a legislação sobre a informação dos riscos do consumo de bebidas alcoólicas está definida principalmente pela Lei n.º 9.294, de 15 de julho de 1996, e suas alterações subsequentes, além de regulamentações específicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e outras normas correlatas. Aqui estão os principais pontos:

Lei n.º 9.294/1996

Esta lei dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas. Quanto às bebidas alcoólicas, a lei estabelece:

  1. Propaganda e Publicidade:

·       É proibida a propaganda de bebidas alcoólicas em rádio e televisão entre 6h e 21h.

·       A propaganda deve incluir advertências sobre os riscos do consumo de bebidas alcoólicas.

·       A propaganda não pode associar o consumo de bebidas alcoólicas ao sucesso social, à condução de veículos, ao desempenho sexual, ou sugerir que o consumo é benéfico para a saúde.

  1. Rotulagem:

·       Rótulos de bebidas alcoólicas devem conter advertências sobre os riscos do consumo.

·       O texto da advertência deve estar legível e em destaque.

Decreto n.º 6.117/2007

Este decreto regulamenta a Lei n.º 9.294/1996 e estabelece, entre outras disposições:

  • A necessidade de as embalagens de bebidas alcoólicas trazerem mensagens de advertência, que podem ser, por exemplo, "Evite o consumo excessivo de álcool" e "Este produto é destinado a adultos".
  • Especificações sobre como essas advertências devem ser apresentadas, incluindo tamanho e localização no rótulo.

ANVISA

A ANVISA também regulamenta aspectos relacionados à rotulagem de bebidas alcoólicas, especialmente no que diz respeito à clareza das informações e à prevenção do consumo por menores de idade. Embora não haja um regulamento específico com imagens de advertência, a ANVISA assegura que as advertências textuais sejam visíveis e compreensíveis.

Código de Autorregulamentação Publicitária (CONAR)

O CONAR estabelece diretrizes sobre a publicidade de bebidas alcoólicas, complementando a legislação vigente ao promover a autorregulação da propaganda. Ele proíbe, por exemplo, a publicidade que possa ser particularmente atraente para menores de idade e determina que as mensagens publicitárias incluam advertências sobre o consumo responsável.

Políticas Públicas e Campanhas Educativas

Além das leis e regulamentos, o governo brasileiro e organizações de saúde pública frequentemente promovem campanhas educativas sobre os riscos do consumo excessivo de álcool, buscando sensibilizar a população para os danos associados ao seu uso.

Conclusão

No Brasil, a legislação vigente busca equilibrar a liberdade de comércio com a proteção da saúde pública, impondo restrições à propaganda de bebidas alcoólicas e exigindo a inclusão de advertências sobre os riscos do consumo nos rótulos e anúncios publicitários. Embora não haja uma exigência específica para imagens de advertência, as medidas em vigor visam informar e proteger os consumidores, especialmente os menores de idade, dos perigos associados ao consumo de álcool.

LEI Nº 9.294, DE 15 DE JULHO DE 1996

Com base no texto da Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, e suas subsequentes alterações, aqui estão os pontos principais que regulamentam a propaganda e rotulagem de bebidas alcoólicas no Brasil:

Propaganda de Bebidas Alcoólicas

  • Horário de Veiculação: A propaganda comercial de bebidas alcoólicas nas emissoras de rádio e televisão só é permitida entre as 21h e 6h.
  • Associações Proibidas: A propaganda não pode associar o produto a esportes olímpicos ou de competição, ao desempenho saudável de qualquer atividade, à condução de veículos, e a imagens ou ideias de maior êxito ou sexualidade das pessoas.

Rotulagem

  • Advertência nos Rótulos: Os rótulos das embalagens de bebidas alcoólicas devem conter a advertência "Evite o Consumo Excessivo de Álcool".

Locais de Venda

  • Advertências: Na parte interna dos locais onde se vende bebida alcoólica, deve ser afixada uma advertência escrita, de forma legível e ostensiva, informando que é crime dirigir sob a influência de álcool, punível com detenção (Art. 4º-A, incluído pela Lei nº 11.705, de 2008).

Sanções

  • Sanções para Infrações: Aplicam-se sanções que incluem advertência, suspensão de propagandas, veiculação obrigatória de retificação, apreensão do produto e multas variáveis conforme a capacidade econômica do infrator.

Resumo das Alterações e Regras

  • A lei sofreu várias modificações ao longo dos anos para se ajustar a novas necessidades e contextos, incluindo a inserção de novas regras sobre a publicidade e penalidades mais severas para infrações.
  • As alterações na lei incluíram também a proibição de propaganda por meios eletrônicos, distribuição de amostras gratuitas, patrocínios esportivos, e a proibição de venda e consumo em locais específicos como estabelecimentos de ensino e saúde.

Essas regulamentações buscam controlar e limitar a influência da publicidade de bebidas alcoólicas, além de promover o consumo responsável e informar os consumidores sobre os riscos associados ao consumo excessivo de álcool.

CONCEITO DE CONSUMO EXCESSIVO

O conceito de "consumo excessivo" na Lei nº 9.294/1996 parece soar vago ao não especificar parâmetros tecnicamente precisos sobre o que constitui esse consumo. Esse termo pode ser interpretado de várias maneiras, dependendo do contexto e das normas complementares que podem ser estabelecidas por órgãos de saúde ou reguladores.

Definições Complementares

Em muitos casos, a definição de consumo excessivo pode ser orientada por diretrizes de saúde pública estabelecidas por organizações como o Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ou outras entidades de saúde. Essas diretrizes frequentemente especificam limites de consumo considerados seguros ou excessivos, baseados em pesquisas científicas.

Diretrizes da OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o consumo de risco e o consumo excessivo de álcool em termos de unidades de bebida padrão, que variam entre países. Por exemplo:

  • Consumo moderado: Para homens, até 2 unidades de bebida padrão por dia. Para mulheres, até 1 unidade de bebida padrão por dia.
  • Consumo excessivo: Geralmente é definido como mais de 4 unidades de bebida padrão em uma única ocasião para homens e mais de 3 unidades para mulheres.

Diretrizes no Brasil

No Brasil, as diretrizes podem ser fornecidas pelo Ministério da Saúde ou outras entidades de saúde pública. Por exemplo:

  • Consumo de baixo risco: Até 2 doses padrão de álcool por dia para homens e até 1 dose padrão para mulheres.
  • Bebedeira episódica: Consumo de 5 ou mais doses padrão em uma única ocasião para homens e 4 ou mais para mulheres, que é um padrão frequentemente associado ao consumo excessivo.

Legislação Complementar

Além da Lei nº 9.294/1996, outras legislações e regulamentações específicas podem oferecer definições mais claras ou orientações adicionais. Por exemplo, as campanhas de conscientização do governo e as orientações emitidas por ANVISA podem complementar essas definições com informações práticas para os consumidores.

Considerações Jurídicas

Do ponto de vista jurídico, a interpretação do que é "consumo excessivo" pode depender do contexto e ser avaliada caso a caso. Em contextos legais, como infrações relacionadas à direção sob efeito de álcool, o Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/1997) estabelece limites claros de alcoolemia para caracterizar a infração (0,3 mg de álcool por litro de ar alveolar expirado ou 6 decigramas de álcool por litro de sangue).

Conclusão

Embora a Lei nº 9.294/1996 utilize o termo "consumo excessivo", a definição específica pode depender de diretrizes complementares de saúde pública e regulamentações específicas. A falta de uma definição clara no texto da lei pode ser considerada uma limitação, mas é comumente complementada por orientações de saúde pública e outras legislações específicas que ajudam a esclarecer o conceito.

O QUE É UNIDADE DE BEBIDA PADRÃO?

Uma unidade de bebida padrão é uma medida usada para ajudar a quantificar a quantidade de álcool puro consumido, independentemente do tipo de bebida alcoólica (cerveja, vinho, destilados, etc.). Essa unidade facilita a comparação entre diferentes bebidas e a orientação sobre o consumo de álcool.

Definição de Unidade de Bebida Padrão

No Brasil, uma unidade de bebida padrão geralmente contém aproximadamente 10 a 14 gramas de álcool puro. Essa quantidade pode variar ligeiramente entre países, mas a definição é bastante consistente internacionalmente. Aqui estão alguns exemplos de como diferentes bebidas se traduzem em unidades de bebida padrão:

  • Cerveja: Aproximadamente 350 ml (uma lata ou garrafa pequena de cerveja) com teor alcoólico de cerca de 5% geralmente é considerada uma unidade de bebida padrão.
  • Vinho: Aproximadamente 150 ml (uma taça de vinho) com teor alcoólico de cerca de 12% a 14% é considerada uma unidade de bebida padrão.
  • Destilados: Aproximadamente 45 ml (uma dose) de destilado como whisky, vodka, rum ou tequila com teor alcoólico de cerca de 40% é considerada uma unidade de bebida padrão.

CÁLCULO DE ÁLCOOL PURO

Para calcular a quantidade de álcool puro em uma bebida, você pode usar a seguinte fórmula:

\text{Quantidade de álcool puro (gramas)} = \text{Volume da bebida (ml)} \times \text{Teor alcoólico (%)}/100 \times 0.8

Onde 0.8 é o fator de conversão de mililitros de álcool em gramas (já que 1 ml de álcool pesa aproximadamente 0.8 gramas).

Exemplos de Cálculo

  1. Cerveja (5%): 350 ml×5%/100×0.8=14 gramas de aˊlcool puro350 \, \text{ml} \times 5\%/100 \times 0.8 = 14 \, \text{gramas de álcool puro}350ml×5%/100×0.8=14gramas de aˊlcool puro Isso é aproximadamente uma unidade de bebida padrão.
  2. Vinho (12%): 150 ml×12%/100×0.8=14.4 gramas de álcool puro150 \, \text{ml} \times 12\%/100 \times 0.8 = 14.4 \, \text{gramas de álcool puro}150ml×12%/100×0.8=14.4 gramas de álcool puro Isso também é aproximadamente uma unidade de bebida padrão.
  3. Destilado (40%): 45 ml×40%/100×0.8=14.4 gramas de aˊlcool puro45 \, \text{ml} \times 40\%/100 \times 0.8 = 14.4 \, \text{gramas de álcool puro}45ml×40%/100×0.8=14.4gramas de álcool puro Isso é aproximadamente uma unidade de bebida padrão.

Usos e Importância

A unidade de bebida padrão é usada para:

  • Educação: Ajudar as pessoas a entenderem e monitorarem seu consumo de álcool.
  • Saúde Pública: Oferecer diretrizes claras sobre o consumo de álcool para reduzir riscos à saúde.
  • Regulação: Estabelecer limites legais para o consumo de álcool, como no caso de direção sob influência de álcool.

Compreender o conceito de unidade de bebida padrão é crucial para medir e controlar o consumo de álcool de forma segura e responsável.

CONTROLE DO ÁLCOOL NO BRASIL

O consumo de bebidas alcoólicas é comum em diversas culturas, mas seu abuso representa um grave problema de Saúde Pública, além de causar diversos prejuízos sociais e econômicos. O consumo abusivo de álcool está relacionado a doenças hepáticas, câncer, problemas cardiovasculares, doenças infecciosas como tuberculose e HIV/Aids, lesões intencionais e não intencionais (incluindo suicídio e violências, especialmente no trânsito e doméstica), além de contribuir para o desemprego e causar danos tanto aos usuários quanto a terceiros.

Impactos na Saúde

O álcool é uma substância cujas propriedades químicas causam dependência. Os efeitos do seu consumo sobre problemas de saúde crônicos ou agudos são determinados principalmente pelo volume total de álcool consumido e pelo padrão de consumo. O contexto, que inclui fatores como desenvolvimento econômico, cultura, disponibilidade de álcool e a eficácia das políticas públicas de controle, também é determinante para as consequências do consumo de álcool. Pessoas em situações de maior vulnerabilidade têm maior risco de problemas relacionados ao álcool.

Além disto, o álcool é ainda um dos principais fatores de risco modificáveis para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e prejudica a saúde de forma mais rápida que o tabagismo, cujas doenças podem levar anos para se desenvolver. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há nível seguro para o consumo de álcool, mas a redução no consumo pode diminuir significativamente os problemas associados.

DADOS SOBRE O CONSUMO DE ÁLCOOL

Mundo: Anualmente, 3 milhões de mortes são atribuídas ao uso abusivo de álcool, representando 5,3% de todas as mortes. A média mundial de consumo nocivo de álcool está em torno de 7,5%.

Região das Américas: A cada dez segundos, alguém morre de causas relacionadas ao álcool no continente americano. Uma em cada quatro pessoas com mais de 15 anos relata beber excessivo episódico pelo menos uma vez por mês.

Brasil: O índice de uso nocivo entre brasileiros chega a 20,9%, segundo o Vigitel/Ministério da Saúde (2020). A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE, 2019) indica que 63,3% dos estudantes haviam consumido álcool em 2019, com 34,6% experimentando bebida alcoólica antes dos 14 anos. O país perde aproximadamente 7,3% do PIB devido a problemas relacionados ao álcool.

Políticas Públicas e Recomendações

As políticas públicas para o controle do álcool podem ser resumidas em quatro eixos: políticas fiscais, regulação de propagandas e marketing, advertências sanitárias e a promoção de ambientes saudáveis. A OMS recomenda uma série de intervenções econômicas e políticas, resumidas no acrônimo SAFER (Strengthen, Advance, Facilitate, Enforce, Raise):

  1. Reforçar as restrições à disponibilidade de álcool.
  2. Avançar e aplicar medidas contra a direção sob o efeito do álcool.
  3. Facilitar o acesso à triagem, intervenções breves e tratamento.
  4. Aplicar proibições ou restrições abrangentes à publicidade, patrocínio e promoção de bebidas alcoólicas.
  5. Aumentar os preços do álcool por meio de impostos especiais de consumo e políticas de preços.

Legislação Brasileira

A Lei nº 9.294/1996 regula a propaganda e uso de produtos como bebidas alcoólicas. Para bebidas alcoólicas, a lei especifica:

  • Horário de Propaganda: Permitida apenas entre 21h e 6h.
  • Advertências: Rótulos devem conter a advertência "Evite o Consumo Excessivo de Álcool".
  • Regulações adicionais: Propaganda não pode associar o produto a atividades esportivas, sucesso social ou sexual, e deve incluir advertências sobre os riscos do consumo.

Apesar das regulamentações, a definição de "consumo excessivo" é vaga e geralmente complementada por diretrizes de saúde pública.

O Papel das Organizações

Organizações como a ACT Promoção da Saúde trabalham para acompanhar, apoiar e promover políticas públicas de controle e regulamentação do álcool, contribuindo para a redução das doenças, comorbidades e mortes causadas pelo consumo de álcool. A ACT compõe a Global Alcohol Policy Alliance (GAPA) e o Comitê para a Regulação do Álcool (CRA), da Faculdade Médica da Santa Casa de São Paulo.

Conclusão

O álcool prejudica uma vida saudável e, segundo a OMS, não há nível seguro de consumo. Reduzir o consumo de álcool é crucial para melhorar a saúde pública e reduzir os impactos sociais e econômicos negativos associados ao abuso de álcool. Políticas públicas eficazes são essenciais para facilitar escolhas mais saudáveis e proteger a sociedade dos riscos do consumo de álcool.


CONAR- Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária alcool.pdf

APRESENTAÇÃO GERAL SOBRE CONTROLE DO ÁLCOOL NO BRASIL

Introdução

O consumo de bebidas alcoólicas é uma prática comum em várias culturas, mas o abuso de álcool representa um grave problema de saúde pública. Este documento apresenta um panorama das regulamentações e políticas voltadas para o controle do consumo de álcool no Brasil, abrangendo aspectos legislativos, diretrizes de autorregulação publicitária e recomendações de saúde pública.

Impactos do Consumo de Álcool

O consumo abusivo de álcool está associado a diversas doenças, lesões e problemas sociais:

  • Doenças Hepáticas: Cirrose e câncer de fígado.
  • Problemas Cardiovasculares: Hipertensão e doenças cardíacas.
  • Doenças Infecciosas: Aumento da vulnerabilidade a HIV/Aids e tuberculose.
  • Lesões: Acidentes de trânsito, violência doméstica e suicídios.

O álcool é um fator de risco significativo para doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e afeta a saúde de maneira mais rápida que o tabagismo. A OMS destaca que não há nível seguro para o consumo de álcool.

Dados Estatísticos

  • Mundo: 3 milhões de mortes anuais atribuídas ao álcool (5,3% de todas as mortes).
  • Américas: Alta prevalência de transtornos relacionados ao álcool, especialmente entre mulheres.
  • Brasil: 20,9% dos brasileiros consomem álcool de forma nociva. O consumo precoce é comum, com 34,6% dos adolescentes experimentando álcool antes dos 14 anos.

Legislação Brasileira

A Lei nº 9.294/1996 regula a propaganda e o consumo de bebidas alcoólicas:

  • Propaganda: Permitida apenas entre 21h e 6h. Não pode associar o consumo a esportes, sucesso social ou sexualidade.
  • Advertências nos Rótulos: "Evite o Consumo Excessivo de Álcool".
  • Pontos de Venda: Advertências sobre a ilegalidade de dirigir sob a influência de álcool.

Normas do CONAR

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) estabelece diretrizes para a publicidade de bebidas alcoólicas:

  • Proteção a Crianças e Adolescentes: Anúncios não devem ter como público-alvo crianças e adolescentes, nem os utilizar em qualquer forma.
  • Consumo Responsável: Publicidade não deve induzir ao consumo exagerado ou irresponsável.
  • Cláusula de Advertência: Inclusão obrigatória de mensagens de advertência como "Beba com Moderação" e "Se For Dirigir, Não Beba".

Políticas Públicas Recomendadas pela OMS

A OMS recomenda o acrônimo SAFER (Strengthen, Advance, Facilitate, Enforce*, Raise que em português significam respectivamente Fortalecer, Avançar, Facilitar, Aplicar, Elevar) para políticas de controle do álcool:

  1. Reforçar restrições à disponibilidade de álcool.
  2. Aplicar medidas contra a direção sob efeito de álcool.
  3. Facilitar acesso a triagem, intervenções breves e tratamento.
  4. Proibir ou restringir publicidade de bebidas alcoólicas.
  5. Aumentar os preços do álcool por meio de impostos.

* O termo "enforce" em inglês tem um significado abrangente que se refere a ações tomadas para garantir que leis, regras, regulamentos ou normas sejam seguidas e respeitadas. Aqui está uma explicação detalhada dos diferentes contextos e nuances do termo "enforce":

1.        Aplicar:

·       Contexto: Garantir que uma regra ou lei seja obedecida.

·       Exemplo: The police enforce traffic laws to ensure road safety.

2.        Fazer Cumprir:

·       Contexto: Tomar medidas para assegurar que algo seja seguido.

·       Exemplo: Schools enforce dress codes to maintain a disciplined environment.

3.        Executar:

·       Contexto: Colocar em prática uma decisão ou ordem.

·       Exemplo: The court's decision was enforced by the local authorities.

4.        Implementar:

·       Contexto: Colocar um plano ou política em ação.

·       Exemplo: New regulations will be enforced starting next month.

5.        Impor:

·       Contexto: Forçar a obediência a uma regra ou padrão.

·       Exemplo: The government has the power to enforce the law.

6.        Pôr em Prática / Pôr em Vigor:

·       Contexto: Tornar efetivo ou operacional.

·       Exemplo: New health guidelines have been enforced to combat the pandemic.

7.        Fazer Respeitar / Fazer Valer:

·       Contexto: Assegurar que algo seja levado a sério e obedecido.

·       Exemplo: It’s the manager’s job to enforce company policies.

8.        Garantir:

·       Contexto: Certificar-se de que uma regra ou lei é seguida.

·       Exemplo: Security measures are enforced to guarantee the safety of the passengers.

9.        Exigir o Cumprimento / A Aplicação:

·       Contexto: Demandar que algo seja seguido ou implementado.

·       Exemplo: The law enforcement agencies are tasked with enforcing the laws.

Aplicação do termo 'enfoce' no Contexto de Políticas Públicas

No contexto das políticas públicas e regulamentações, especialmente aquelas relacionadas ao controle do consumo de álcool, "enforce" refere-se a todas as ações necessárias para assegurar que as normas e leis sejam seguidas. Isso pode incluir:

  • Fiscalização e Inspeção: Realizar inspeções regulares em estabelecimentos para garantir que as leis de venda e consumo de álcool sejam obedecidas.
  • Multas e Penalidades: Impor multas e outras penalidades para infrações das leis de álcool.
  • Educação e Conscientização: Implementar programas educacionais para informar o público sobre as leis e os riscos associados ao consumo de álcool.
  • Intervenções Legais: Utilizar o sistema judiciário para aplicar sanções contra aqueles que violam as leis.

Exemplo Prático

Na iniciativa SAFER da OMS, "enforce" refere-se especificamente a garantir a aplicação efetiva de medidas contra a direção sob efeito de álcool. Isso pode envolver:

  • Pontos de Controle: Estabelecer pontos de verificação de sobriedade nas estradas.
  • Testes de Alcoolemia: Realizar testes de bafômetro em motoristas suspeitos.
  • Campanhas de Conscientização: Promover campanhas que destacam as penalidades e perigos de dirigir alcoolizado.
  • Penalidades: Aplicar penalidades severas para dissuadir a direção sob efeito de álcool, incluindo multas, suspensão de carteira de motorista e prisão.

Conclusão

O termo "enforce" encapsula uma série de ações e medidas destinadas a garantir que leis e regulamentos sejam seguidos. Em português, pode ser traduzido como "aplicar", "fazer cumprir", "executar", "implementar", "impor", "pôr em prática", "fazer respeitar", "garantir" e "exigir o cumprimento", dependendo do contexto específico em que é usado. No contexto das políticas públicas, especialmente aquelas relacionadas à saúde e segurança, "enforce" é essencial para garantir que as normas e regulamentações sejam efetivamente seguidas para proteger a sociedade.

RECOMENDAÇÕES PARA MELHORIA DAS POLÍTICAS NO BRASIL

  • Fiscalização Rigorosa: Aumentar a fiscalização do consumo de álcool e direção.
  • Legislação Local: Apoiar leis locais para controle de pontos de venda e horários de funcionamento.
  • Impostos e Benefícios Fiscais: Aumentar impostos sobre bebidas alcoólicas e restringir benefícios fiscais à indústria.
  • Regulamentação da Publicidade: Incluir a cerveja na definição de bebidas alcoólicas para fins de restrição publicitária.

Conclusão

A regulamentação do consumo de álcool no Brasil envolve uma combinação de legislação nacional, autorregulamentação publicitária e políticas de saúde pública. A implementação eficaz dessas medidas é crucial para reduzir os problemas de saúde e sociais associados ao consumo de álcool.

 Informações Adicionais da RDC Nº 838/2023

Convém primeiro entender que RDC é a a sigla RDC para “Resolução da Diretoria Colegiada”. As RDCs são normas emitidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), um órgão do Ministério da Saúde do Brasil. Essas resoluções têm o objetivo de regulamentar diversos aspectos relacionados à vigilância sanitária, incluindo a fabricação, comercialização, propaganda, rotulagem e uso de produtos que podem afetar a saúde pública, como medicamentos, alimentos, cosméticos, produtos para a saúde, e produtos fumígenos, entre outros.

A RDC Nº 838, publicada no Diário Oficial da União em 15 de dezembro de 2023, estabelece os requisitos para as embalagens de todos os produtos fumígenos derivados do tabaco comercializados no Brasil, entrando em vigor em 2 de janeiro de 2024.

Embalagens e Advertências

  • Embalagens de Produtos Fumígenos: A Resolução estabelece requisitos específicos para as embalagens de produtos fumígenos derivados do tabaco. Isso inclui definições detalhadas sobre as advertências sanitárias frontais, laterais e padrão, que devem ser impressas nas embalagens.
  • Proibição de Dispositivos e Imagens Enganosas: Proíbe o uso de dispositivos sonoros, palavras, símbolos, desenhos ou imagens nas embalagens que possam induzir diretamente o consumo, sugerir o consumo exagerado, induzir consumo em situações perigosas ou ilegais, sugerir bem-estar ou saúde, criar falsa impressão de segurança, ou associar o produto a maior êxito na sexualidade.

Aplicabilidade e Conformidade

  • Publicidade e Cláusulas de Advertência: Todas as peças publicitárias devem conter cláusulas de advertência, refletindo a responsabilidade social da publicidade. As advertências devem ser claras, legíveis e destacadas, adaptadas ao meio de comunicação utilizado (rádio, TV, internet, jornais, revistas, etc.).
  • Fiscalização e Sanções: O não cumprimento das disposições da Resolução constitui infração sanitária, sujeitando os infratores às penalidades previstas nas Leis nº 9.294/1996 e nº 6.437/1977, além de outras sanções aplicáveis.

Proteção ao Público

  • Proteção a Crianças e Adolescentes: Reforça que a publicidade de bebidas alcoólicas e produtos fumígenos não deve ter crianças e adolescentes como público-alvo, nem utilizar linguagem ou gráficos atraentes para menores.

Conclusão

As regulamentações descritas na RDC Nº 838/2023 complementam as normas existentes sobre controle do consumo de álcool e tabaco, reforçando a importância de advertências claras e visíveis nas embalagens, além de proibir práticas que possam enganar os consumidores sobre os riscos desses produtos. A conformidade com essas normas é crucial para proteger a saúde pública e assegurar que as informações sobre os riscos do consumo de álcool e tabaco sejam amplamente disseminadas e compreendidas.

Aqui está o link oficial da ANVISA para as imagens de advertências sanitárias:

Imagens de Advertência - ANVISA

Aqui está o link oficial da ANVISA para a RDC Nº 838/2023:

RDC Nº 838/2023 - ANVISA

Aqui está o link oficial da ANVISA para a Instrução Normativa - IN N° 271, de 14 de dezembro de 2023, que define as advertências sanitárias e mensagens a serem utilizadas nas embalagens de produtos fumígenos derivados do tabaco:

IN N° 271/2023 - ANVISA

Nesta pequena pesquisa meu objetivo buscou apenas entender e comunicar o que achei sobre a não-Inserção de Mensagens Visuais impactantes em recipientes e embalagens de bebida alcólica conscientizando o comprador/usuário sobre os muitos riscos de vida, de saúde e segurança não só para ele quanto para outros indivíduos que podem ser afetados ou até perder a vida por conta deste consumo. E, assim, auxiliar quem pesquisar, precisar de informações sobre o tema por meio de um recurso educativo e conscientizador. 

"Desejaria" ainda noutras oportunidades (tão cedo teria tempo e foco): 
Explicar a base científica e legal para a inclusão de mensagens visuais de advertência nas embalagens de cigarros.
Analisar os impactos dessas mensagens na redução do consumo de tabaco.

Analisar a Ausência e "possível uso" de Advertências Visuais em Bebidas Alcoólicas:
Investigar por que as campanhas contra o consumo de álcool não são tão amplas e robustas quanto as campanhas anti-tabagismo.
Avaliar os obstáculos históricos, econômicos e políticos que dificultam a implementação de advertências visuais em recipientes de bebidas alcoólicas.

Conscientizar sobre os Riscos do Consumo de Álcool:
Sensibilizar a população sobre os danos à saúde, sociais e ambientais causados pelo consumo de álcool.
Destacar as consequências do consumo abusivo de álcool em termos de doenças, acidentes e violência.

Motivar o Abandono de Vícios:
Promover a mudança de comportamento através de informações claras e impactantes sobre os riscos do tabagismo e do alcoolismo.
Fornecer recursos e estratégias para quem deseja abandonar esses vícios, incentivando a busca por ajuda profissional e apoio comunitário.

Proporcionar um Recurso Educativo:
Criar um material de referência para estudantes e pesquisadores interessados em tabagismo e alcoolismo.

Comparar os Impactos Sociais e Econômicos:
Comparar os prejuízos causados pelo tabagismo e pelo alcoolismo à sociedade e à economia.
Avaliar os custos sanitários e ecológicos associados a essas práticas.

Promover a Implementação de Políticas Públicas:
Sugerir políticas e intervenções baseadas em evidências para reduzir o consumo de álcool e tabaco.
Incentivar a adoção de medidas legislativas para a inclusão de advertências visuais em recipientes de bebidas alcoólicas.

Explorar Exemplos Internacionais:
Analisar modelos de campanhas visuais em embalagens de bebidas alcoólicas em outros países e seus resultados.
Adaptar essas práticas ao contexto brasileiro, promovendo a troca de informações e experiências internacionais.

Facilitar a Pesquisa e a Educação:
Facilitar o acesso a dados e informações atualizadas sobre o tabagismo e o alcoolismo.
Apoiar iniciativas educacionais que visem a redução do consumo de álcool e tabaco.

Apoiar o Desenvolvimento de Campanhas de Conscientização:
Colaborar com organizações de saúde pública para a criação de campanhas de conscientização mais eficazes.
Utilizar as evidências coletadas para argumentar a favor da expansão das campanhas contra o consumo de álcool. 

Certamente, daria um livro. 

Jackson Angelo

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