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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Fragmentos dos meus cadernos 2

Peguei essas frases há muito tempo atrás de um livro, cujo autor (sei que era uma autora) e nome infelizmente não lembro. Eu achei tão lindo o que ela expôs e o modo como foi exposto que saí anotando suas frases mais marcantes em um caderno. Por um capricho do destino, perdi o livro em algum canto. Acho que foi isso. Queria compartilhar um pouco do talento dessa escritora, vejamos o que ela escreveu:

"A existência é tão curta, que cada instante de vida deveria ser um clímax de puro amor se dando, como uma flor se dá ao sol e a chuva ao vento."
"há manhãs em que, em pleno deslumbramento da descoberta do sol-mar, abate-me uma uma tristeza tão grande quanto o próprio mar, e é mais do que o que pode caber em mim."
"(...) necessito isolar-me para meditar e fazer um acerto de contas comigo mesma. Algo fiquei me devendo, e enquanto não se fizesse luz na confusão dos meus sentimentos, enquanto não compreendesse o que aconteceu, como e porque assim aconteceu, eu não teria paz."
"Por que ouso turbar o silêncio que devera ser? Por que tento exprimir o que por natureza é indizível e indecifrável?"
"Somos tão frágeis e o peso da vida é tamanho! É tanto o que a vida exige de nós, que só tardiamente apreendemos o sentido de renunciar. Aquiescer."
"Se me revelo a ti agora é porque não mais me inibes com o teu silêncio de parede lisa, branca e muda. Obstáculo difícil de transpor."
"Mas por onde começar se dizemos infinitamente mais através do silêncio do que das palavras?"

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