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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Na Paraíba, o fuso horário está diferente, não tivemos horário de verão. Pra mim agora são dez da noite em ponto.
Por isso talvez pensem que estou postando muito tarde.

Para baixar clique nas imagens (Mediafire).

Ao fechar a porta

A poesia abaixo fala de um amor que começou rápido e acabou. De alguém que desejou entrar na vida de outro, e esse outro consentiu, por carência, por estar precisando ou por ter visto nesse alguém uma pessoa confiável. Pouquinho mais tarde, esse outro experimenta o afastamento frio e ainda mais rápido do que a aproximação.
Não me referi apenas ao amor de um casal. Quis ir além e falar das amizades, dos relacionamentos de modo geral; queria falar de como pode ser perturbador encontrar pessoas na vida que se aproximam com grande intensidade e, depois, com a mesma intensidade de aproximação, após você ter compartilhado sua vida, sua existência, acontece um movimento de afastamento, sem que exista um motivo aparente.
O motivo certamente existe, contudo, talvez não esteja bem fundamentado ou claro, dentro do que se pode logicamente esperar. A questão é: o que você passou a ser para o outro? E o que era antes? O que falou, fez, como agiu, como se calou, para produzir o movimento de afastamento? Talvez nem tenha sido culpa sua. Talvez o outro que se afasta tenha descoberto que você não era bem o que ela pensava, queria, ou estava procurando. As razões do coração podem ser muitas, só Deus pode julgar com sobriedade.
Então, ao entrar na vida de alguém, ao desejar essa aproximação, eu pessoalmente fico pensando em como é importante dimensionar bem esse movimento. De que modo vou e posso entrar? Como permanecer e até quando permanecer? Qual o momento certo para se afastar (se for necessário se afastar)?
Se existe uma motivação interior pra escrever isso? Claro. Ma, de verdade, faz tempo que queria expressar minha visão a respeito, pois já aconteceu na minha vida também e na vida de muitas pessoas, pelo que tenho conversado.
Não é que toda vez cause dor o afastamento inesperado, dentro do contexto que pus aqui. A gente acaba tendo que se acostumar, mas tem como consequência um certo sentimento de proteção (do coração,) para evitar que o afastamento possa causar estranheza e perturbação da mesma forma que antes.


Você bateu na porta
Eu abri
Estava com sede
Eu dei água
Calmamente perguntou sobre minha vida
E pouco a pouco fui contando tudo
Lemos juntos cada folha do livro da minha vida
Rapidamente falou de amor, amizade, paz
Rapidamente, me passou tanta confiança
De repente, estávamos na mesma mesa jantando
Passeávamos no mesmo jardim

Você tocou a música
Eu dancei
Me ensinou novo passos
Eu me acostumei
Me fez vestir novas roupas
Mudou o meu perfume!
Você cantava
E ao som da tua voz o sol nascia,
A noite falava,
O vento parava ou corria
Meu coração aprendia a viver

Sem aviso, rapidamente
Você passava longe da porta!
Agora eu tinha sede
E não havia água, você levou!
Agora eu que perguntava sobre minha vida!
Você a levou também!
O final ficou muito perto do primeiro capítulo
Tudo silenciou
De repente, até a comida sumiu da mesa
E as flores murcharam no jardim

Não havia mais música
Nem dança
O vento parou
O coração parou
Num ponto doloroso de interrogação
(Jackson Angelo, em 27/10/2009; 0h18)
 

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