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Império da Morte (texto)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

A dor, a tristeza, as doenças, os problemas, e a régia morte parece que sempre se apressam em seus propósitos.
Querer viver, quantas e quantas vezes, ao invés de buscar a alegria, representa muito mais uma fuga destes perseguidores incansáveis. Escapar todo dia toma como refém os sonhos de um mundo dourado, onde passeamos em nuvens de algodão e montamos em cavalos alados.
Ao redor, as cores da cidade não revelam o colorido alucinante dos sonhos. Nos parques de diversões, muitos já despencaram das montanhas russas.
As imagens dos brinquedos coloridos nos convidam a viver e imaginar uma vida independente, depois cedem lugar a armas hostis, sem vida; na busca incessante do gozo desejamos os vestidos festivos do triunfo, que fulguram nas vitrines decoradas com cortinas luxuosas que, ao serem abertas, revelam manjares fabulosos, cujo aroma e sabor enebriam, entretanto também aninham diferentes espécies de serpentes e desde o seu cume jorram volumosas cachoeiras de veneno. Veneno de solidão, de desamor, de desencanto, de mágoa, de inimizade.
Não é todo tempo, mas tenho medo da eficácia da morte. Seu vestido parece cobrir a terra e lançar uma sombra escura sobre ele, de tal modo que ofusca o sol. A morte não precisa agradar ninguém, friamente cumpre um papel histórico, natural e espiritual. Suas armas, seus estratagemas misteriosamente se encaixam em cada detalhe desta existência. Com frieza, estamos sob sua mira. Em alguma hora, em um dado lugar, o seu tiro vai ser infalível.
A bíblia fala desse império da morte. Império que só foi vencido por Jesus Cristo. Apenas ele, sempre ele, esse Um retirou o manto escuro e pode desfazer o frio tumular que cobria a vida aqui e no mundo espiritual. O livro escuro da morte já não é o livro que pode selar o nosso destino. Há agora um livro maior, o Livro da Vida, do qual Jesus possui a chave e com seu próprio sangue, com sua própria essência e poder, pode escrever o nome daqueles que desejam escapar do frio das trevas, da solidão e desprezo eterno ao qual estaríamos condenados.
Ela vem! Ela pode vir! Pode enviar recadinhos do coração, mensageiros e exércitos. Mas, em Cristo ela não terá poder! Só Jesus mata a morte! Aqui, com suas mortes físicas, de fé, de esperança, mortes de todo tipo! E no mundo espiritual, quando a eternidade tão misteriosa por inteiro se revelará!
(Jackson Angelo)
 

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