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Mamãe está aqui

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

"O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam. Mas, para os que amam, o tempo é eternidade." (William Shakespeare)

Mamãe está aqui

Mamãe está em casa
E as nuvens escuras, acinzentadas fugiram do céu
O céu voltou a ser azul
O azul voltou a ser brilhante
O brilho voltou e com ele o sol
O sol voltou e reluz firmemente
A cortina da sla foi aberta
E a luz entrou apaixonada
Mamãe está aqui
Finalmente
Não foi desta vez nem nestes dias que nos separamos
Mamãe está aqui
Sei que ela está cansadinha
Foram tantas batalhas
Tanto tempo, tanta dor, tanta espera
Eu vou lhe dar um beijo
Como se nunca tivesse dado apesar da imensa vontade
Infinito, por mais rápido que seja
Eu vou cariciar sua mão
Essa mão que me conduziu, carregou, consertou
É verdade. Ela está aqui! Está aqui! Ao meu lado!
Para sempre, na incógnita do tempo
Eu quero fazê-la sorrir
E ser uma criança em seu colo
Quero lhe dar esperança e amor
Mamãe

Não entendo por quêêêêêê tenho tanta pressa na chegada de 2008

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Um amigo

Não se descobre um amigo naquele que abraça, beija e acaricia. Naquele que diz que lhe ama e que gosta de você. Um amigo não diz apenas que você é especial. Seus atos naturalmente conseguem fazer com que você se sinta especial. Ele jamais, de modo algum, usa ou abusa de suas fraquezas e fragilidades.
Jackson Angelo. Junho de 2006

Qual é a origem da palavra "participação"? (Bordenave)

Qual é a origem da palavra "participação"?


Pergunte a qualquer pessoa o que é participação e, com toda certeza, ela mencionará a palavra "parte" em sua resposta. Seguramente vai dizer que "participar é fazer parte de algum grupo ou associação", ou "tomar parte numa determinada atividade", ou, ainda, "ter parte num negócio".
Fazer parte.
Tomar parte.
Ter parte.
De fato, a palavra participação vem da palavra parte. Participação é fazer parte, tomar parte ou ter parte. Mas é tudo a mesma coisa ou há diferenças no significado destas expressões?
João faz parte de nosso grupo mas raramente toma parte das reuniões.
Fazemos parte da população do Brasil mas não tomamos parte nas decisões importantes.
Edgar faz parte de nossa empresa mas não tem parte alguma no negócio.
Estas frases indicam que é possível fazer parte sem tomar parte e que a segunda expressão representa um nível mais intenso de participação. Eis a diferença entre a participação passiva e a participação ativa, a distância entre o cidadão inerte e o cidadão engajado.
Ora, mesmo dentro da participação ativa, isto é, entre as pessoas que "tomam parte", existem diferenças na qualidade de sua participação.
Algumas, por exemplo, sentem "ser parte" da organização, isto é, consideram-se como "tendo parte" nela e dedicam-lhe sua lealdade e responsabilidade.
Outras, embora muito ativas, talvez levadas pelo seu dinamismo natural, não professam uma lealdade comprometida com a organização e facilmente a abandonam para gastar suas energias excedentes em outra organização.
A prova de fogo da participação não é o quanto se toma parte mas como se toma parte.
Possivelmente, a insatisfação com a democracia representativa que se nota nos últimos tempos em alguns países se deva ao fato de os cidadãos desejarem cada vez mais "tomar parte" no constante processo de tomada nacional de decisões e não somente nas eleições periódicas. A democracia participativa seria então aquela em que os cidadãos sentem que, por "fazerem parte" da nação, "têm parte" real na sua condução e por isso "tomam parte" - cada qual em seu ambiente - na construção de uma nova sociedade da qual se "sentem parte".
O homem participa nos grupos primários, como a família, o grupo de amizade ou de vizinhança, e participa também dos grupos secundários, como as associações profissionais, sindicatos, empresas.
Participa ainda dos grupos terciários, como os partidos políticos e movimentos de classe.
Podemos então falar de processos de micro e de macroparticipação. É importante distingui-los porque muitas pessoas participam somente em nível micro sem perceber que poderiam - e talvez deveriam - participar também em nível macro, ou social.
Para A.Meister a microparticipação é a associação voluntária de duas ou mais pessoas numa atividade comum da qual elas não pretendem unicamente tirar benefícios pessoais e imediatos (...)
A macroparticipação, isto é, a participação macrossocial, compreende a intervenção das pessoas nos processos dinâmicos que constituem ou modificam a sociedade, quer dizer, na história da sociedade. Sua conceitualização, por conseguinte, deve incidir no que é mais básico na sociedade, que é a produção dos bens materiais e culturais, bem como sua administração e seu usufruto.
Segundo esta premissa, participação social é o processo mediante o qual as diversas camadas sociais têm parte na produção, na gestão e no usufruto dos bens de uma sociedade historicamente determinada (Safira Bezerra Amman) (...)
Assim, a construção de uma sociedade participativa converte-se na utopia-força que dá sentido a todas as microparticipações. Neste sentido, a participação na família, na escola, no trabalho, no esporte, na comunidade, constituiria a aprendizagem e o caminho para a participação em nível macro numa sociedade onde não existam mais setores ou pessoas marginalizadas. Aos sistemas educativos, formais e não-formais, caberia desenvolver mentalidades participativas pela prática constante e refletida da participação.
O interessante é que a luta pela participação social envolve ela mesma processos participatórios, isto é, atividades organizadas dos grupos com o objetivo de expressar necessidades ou demandas, defender interesses comuns, alcançar determinados objetivos econômicos, sociais ou políticos, ou influir de maneira direta nos poderes públicos.
Concebida a participação social como produção, gestão e usufruto com acesso universal, põe-se a descoberto a falácia de se pretender uma participação política sem uma correspondente participação social equitativa: com efeito, na democracia liberal os cidadãos tomam parte nos rituais eleitorais e escolhem seus representantes, mas, por não possuírem nem administrarem os meios de produção material e cultural, sua participação macrossocial é fictícia e não real."

Bordenave, Juan e Diaz, O Que é Participação?
Editora Brasiliense, São Paulo, 1983.
 

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