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Quando Tudo Falha existe uma constante em meio ao caos

quarta-feira, 17 de abril de 2024

 


Tudo ao nosso redor pode falhar, e certamente muito do que valorizamos encontrará seu fim. Famílias podem se desentender, sonhos podem se desfazer, projetos podem não se concretizar. Frequentemente, falharemos em nossas palavras, promessas e até nos valores que juramos defender. Nem sempre nossos olhos captarão a verdade completa, e aqueles que chamamos de melhores amigos poderão se tornar estranhos distantes. Palavras outrora doces e suaves podem amargar na boca como fel. Até os chocolates mais deliciosos apodrecem, os ossos se decompõem sob a terra, e os mais finos manjares perdem sua frescura e sabor.

Mas no cerne de um mundo onde a falha é a norma, existe uma constante imutável e eterna: o amor de Deus. Um amor que nunca vacila, nunca desiste e nunca falha. É esse amor infalível que nos sustenta, guia e proporciona esperança mesmo quando tudo o mais parece desmoronar. O amor divino permanece como a âncora em meio às tempestades da vida, o farol que nunca se apaga

Tudo pode falhar e certamente muita coisa vai falhar
Família, sonhos, projetos
Você vai falhar com seu discurso, promessas e valores
Os olhos não verão tudo
Os melhores amigos tornar-se-ão desconhecidos distantes
As doces e melífluas palavras tão amargas como o fel poderão ser
Os bombons apodrecem
Os ossos apodrecem
Os manjares perdem a validade
E no meio de tanta falha, só uma coisa não falhará:
O amor de Deus
O amor que nunca falha
(Jackson Angelo, hoje)

O silêncio como a presença imensa do que é ausente, do peso do não-dito, da força do inaudível

sábado, 6 de abril de 2024

 

O SILÊNCIO

O silêncio traduz um idioma que não aprendi,
Não soletro, não capto, não ouço,
Não consigo fazer sinais.
Não decodifico, só sinto que ele me leva
E grita tão alto que não precisa de som.

O silêncio que incinera pinturas que nunca tiveram tinta,
Que destrói com fogo o que nunca saiu da profundeza das águas.
Uma assinatura que abandona a escrita,
Longo ego de uma eternidade assassina.

Silêncio das ruínas dos castelos que nunca foram erguidos,
Silêncio dos jardins que nunca tiveram sementes.
Cachoeira das águas que as nuvens não conseguem transportar,
Uma melodia que nunca será composta.

O SILÊNCIO, ELE SE ESTENDE

Ele se estende, um véu invisível sobre os gritos do mundo,
Acalma tempestades sem tocar nas águas,
Emudece as vozes sem apagar as palavras,
Um mestre que ensina sem falar, guiando pelo vazio.

O silêncio, uma tela negra onde os sonhos se pintam à mão,
Desenhos invisíveis que só o coração pode ver.
É a pausa entre batidas, o espaço entre estrelas,
Um abismo que nos convida a saltar, sem promessa de pouso.

NA SUA AUSÊNCIA

Na sua ausência, apenas sua presença persiste,
Um diálogo mudo com as sombras da própria luz,
Um encontro solitário na multidão de pensamentos,
Um universo fugidio como um cometa, onde o tempo assume sua inexistência.

O silêncio, um professor severo, um amante gentil,
Desfaz nós, tece compreensões sem uma única palavra.
É a ressonância do tudo no nada, a presença na ausência,
Um paradoxo que vive, que respira, em cada um de nós.

Minha poesia é inspirada no silêncio, profundamente evocativa, Eu me atirei nos paradoxos e na intensidade inexprimível que ele carrega. Ela fala da presença imensa do que é ausente, do peso do não-dito, da força do inaudível.

Algumas ideias de imagens que possam dar ideia de silêncio Uma única folha caindo em uma floresta silenciosa: O momento em que uma folha se desprende de um galho e flutua serenamente até o chão, em uma floresta imersa em um silêncio profundo. Esta imagem captura o início, uma metáfora da delicadeza do silêncio e da beleza encontrada na simplicidade. Um relógio antigo parado, com suas ponteiros sobrepostos em meia-noite: Simboliza o tempo que se estende e se congela, um eco que dura uma eternidade, representando a eternidade assassina mencionada na poesia, onde cada segundo é um abismo de silêncio. Um castelo de areia sendo lentamente apagado pela maré crescente: Esta imagem evoca as ruínas dos castelos que nunca foram erguidos, simbolizando tudo o que é planejado mas nunca se realiza, as esperanças e sonhos consumidos pelo silêncio implacável do tempo. Uma tela em branco sobre um cavalete, sob a luz tênue da lua: Representa a pintura que nunca foi pintada, a expressão artística que permanece aprisionada no silêncio da inação. A luz da lua sugere a beleza potencial que permanece oculta na escuridão do silêncio. Um jardim de pedra japonês (kare-sansui), meticulosamente arranjado mas sem uma única planta viva: Simboliza o silêncio dos jardins que nunca tiveram sementes, a quietude e a contemplação, a beleza e a serenidade encontradas na ausência, no não-dito. Uma cachoeira seca, com rochas expostas onde a água deveria fluir: Evoca a cachoeira das águas que as nuvens não conseguem transportar, uma imagem do que é intensamente desejado mas irremediavelmente inalcançável, a sede de expressão que o silêncio não sacia. Uma partitura musical vazia, sem notas, sobre um piano antigo: Representa a melodia que nunca será composta, a música que existe no potencial, no imaginário, mas é silenciada antes de poder ser ouvida, o silêncio como limite da expressão. Uma cadeira vazia diante de uma janela aberta, através da qual se vê um céu estrelado: Simboliza a reflexão, o convite à introspecção que o silêncio oferece, a conexão com o infinito e o eterno, o diálogo silencioso com o universo.

Jackson Angelo, em 05/04/2024

O nome dos sons emitidos pelos animais - verbos que designam as vozes dos animais

quarta-feira, 3 de abril de 2024


Vamos conhecer parte do fascinante léxico da natureza nesta postagem, onde mergulhamos nos sons e nos verbos associados à comunicação animal. De "azoinar" das abelhas ao "zurrar" das zebras, cada termo revela um aspecto das interações e do comportamento dessas criaturas. Este compêndio lista e celebra a diversidade e complexidade dos sons emitidos por uma ampla variedade de espécies, desde o sutil sussurro de um beija-flor até o poderoso rugido de um leão. Podemos visualizar melhor as muitas formas que a vida selvagem utiliza para se comunicar, expressar necessidades, emoções e estabelecer sua presença no mundo natural. Convidamos você a explorar este fascinante universo sonoro e verbal, ampliando seu conhecimento sobre o mundo animal em nossa mais recente postagem.
Após apresentação de alguns desses verbos, temos uma explicação sobre o processo de formação destes termos.

O som emitido pelos animais
ABELHA: - azoinar, sussurrar, zinir, ziziar, zoar, zonzonear, zuir, zunzum, zumbar, zumbir, zumbrar, zunzir, zunzar, zunzilular, zunzunar.
ABUTRE: - grasnar.
AÇOR: - grasnar.
ÁGUIA: - borbolhar, cachoar, chapinhar, chiar, escachoar, murmurar, rufar, rumorejar, sussurrar, trapejar, crocitar, grasnar, gritar, piar.
ANDORINHA: - chilrar, chilrear, gazear, gorjear, grinfar, trinfar, trissar, zinzilular.
ANDORINHÃO: - crocitar, piar.
ANHO: - balar, mugir.
ANHUMA: - cantar, gritar.
ANTA: - assobiar.
ANUM: - piar.
ARAPONGA: - bigornear, golpear, gritar, martelar, retinir, serrar, soar, tinir.
ARAPUÁ: - azoinar, sussurrar, zinir, ziziar, zoar, zonzonear, zuir, zunzum, zumbar, zumbir, zumbrar, zunzir, zunzar, zunzilular, zunzunar.
ARARA: - chalrar, grasnar, gritar, palrar, taramelar.
ARGANAZ: - chiar, guinchar.
ARIRANHA: - regougar.
ASNO: - azurrar, ornear, ornejar, rebusnar, relinchar, zornar, zunar, zurrar.
AUROQUE: - berrar.
AVESTRUZ: - grasnar, roncar, rugir.
AZULÃO: - cantar, gorjear, trinar.
BACURAU: - gemer, pair.
BAITACA: - chalrar, chalrear, palrar.
BALEIA: - bufar.
BEIJA-FLOR: - trissar, afar, arrular, ciciar, ruflar, sussurrar.
BEM-TE-VI: - cantar, estridular, assobiar.
BESOURO: - zoar, zumbir, zunir.
BEZERRO: - berrar, mugir.
BISÃO: - berrar.
BODE: - balar, blalir, berrar, bodejar, gaguejar.
BOI: - mugir, berrar, bufar, arruar.
BÚFALO: - bramar, berrar, mugir.
BUGIO: berrar.
BURRO: - azurrar, ornear, ornejar, rebusnar, relinchar, zornar, zunar, zurrar.
CABRA: - balar, balir, berregar, barregar, berrar, bezoar.
CABRITO: - balar, balir, berregar, barregar, berrar, bezoar
CABURÉ: - piar, rir, silvar.
CAITITU: grunhir, roncar.
CALHANDRA: - chilidar, gazear, grinfar, trinfar, trissar, zinzilular, cantar, gorjear, trilar, trinar.
CAMBAXIRRA: - chilrear, galrear.
CAMELO: - blaterar.
CAMUNDONGO: - chiar, guinchar.
CANÁRIO: - cantar, dobrar, modular, trilar, trinar.
CÃO: acuar, aulir, balsar, cainhar, cuincar, esganiçar, ganir, ganizar, ladrar, latir, maticar, roncar, ronronar, rosnar, uivar, ulular.
CAPIVARA: assobiar.
CARACARÁ: - crocitar, grasnar, grasnir.
CARNEIRO: - balar, balir, berrar, berregar.
CAVALO: - bufar, bufir, nitrir, relinchar, rifar, rinchar.
CEGONHA: - goterar, grasnar.
CHACAL: - regougar.
CIGARRA: - cantar, chiar, chichiar, ciciar, cigarrear, estridular, estrilar, fretenir, rechiar, rechinar, retinir, zangarrear, zinir, ziziar, zunir.
CISNE: arensar, grasnar.
COBRA: - assobiar, chocachar, guizalhar, sibilar, silvar.
CODORNA: - piar, trilar.
COLIBRI: - afar, arrular, ciciar, ruflar, sussurrar.
COELHO: - chiar, guinchar.
CONDOR: - crocitar.
CORDEIRO: - berregar, balar, balir.
CORRUIRA: - chilrear, galrear.
CORRUPIÃO: - cantar, gorjear, trinar.
CORUJA: - chirrear, corujar, crocitar, crujar, piar, rir.
CORVO: - corvejar, crocitar, grasnar, crasnar.
COTOVIA: - cantar, gorjear.
CROCODILO: - bramir, rugir.
CUCO: - cucular, cuar.
CURIANGO: - gemer.
CUTIA: - gargalhar, bufar.
DONINHA: - chiar, guinchar.
DROMEDÁRIO: - blaterar.
ÉGUA: - bufar, bufir, nitrir, relinchar, rifar, rinchar.
ELEFANTE: - barrir, bramir.
EMA: - grasnar, suspirar.
ESTORNINHO: - palrar, pissitar.
FALCÃO: - crocitar, piar, pipiar.
FERREIRO: - bigornear, golpear, gritar, martelar, retinir, serrar, soar, tinir.
GAFANHOTO: - chichiar, ziziar.
GAIO: - gralhar, grasnar.
GAIVOTA: grasnar, pipilar.
GALINHA: - carcarejar, cacarecar, carcarcar.
GALINHA D’ANGOLA: - fraquejar.
GALO: - cantar, clarinar, cocoriar, cocoricar, cucuricar, cucuritar.:
GAMBA: chiar, guinchar, regougar.
GANSO: - gasnar, gritar.
GARÇA: - gazear.
GARRINCHA: - chilrear, galrear.
GATO: - miar, resbunar, resmonear, ronronar, roncar, chorar, choradeira.
GATURAMO: - gemer.
GAVIÃO: - guinchar, crocitar, grasnar.
GRALHA: crocitar, gralhar, gralhear, grasnar.
GRAÚNA: - cantar, trinar.
GRILO: - chirriar, crilar, estridular, estrilar, guizalhar, trilar, tritrilar, tritrinar.
GROU: - grasnar, grugrulhar, gruir, grulhar.
GUARÁ (ave): - gazear, grasnar.
GUARÁ: - uivar, ulular.
GUARIBA: - assobiar, guinchar.
HIENA: - gargalhar, gargalhear, gargadear.
HIPOPÓTAMO: - grunhir.
INAMBU: - piar.
INHAMBU: piar.
JABURU: - gritar.
JACU: - grasnar.
JAGUAR: - esturrar, miar, rugir, urrar.
JANDAIA: - chalrar, grasnar, gritar, palrar, taramelar.
JAVALI: - arruar, cuinchar, cuinhar, roncar, rosnar.
JIA: - coaxar.
JUMENTO: - azurrar, ornear, ornejar, rebusnar, zornar, zurrar.
JURITI: - arrular, arulhar, soluçar, turturinar.
LAGARTO: - gecar.
LEÃO: - bramar, bramir, fremir, rugir, urrar.
LEBRE: - assobiar, guinchar.
LEITÃO: - bacorejar, cuinchar, cuinhar.
LEOPARDO: - bramar, bramir, fremir, rugir, urrar.
LOBO: - ladrar, uivar, ulular.
LONTRA: - assobiar, chiar, guinchar.
MACACO: - assobiar, guinchar, cuinchar.
MACUCO: - piar.
MAITÁ: - chalrar, chalrear, palrar.
MAITACA: - chalrar, chalrear, palrar.
MARRECO: - grasnar, grasnir, grassitar.
MELRO: - assobiar, cantar.
MILVUS: - crocitar, grasnar.
MORCEGO: - farfalhar, trissar.
MOSCA: - zinir, zoar, zumbir, zunir, zumbar, ziziar, zonzonear, sussurrar, azoinar, zunzum.
MULA: - azurrar, ornear, ornejar, rebusnar, relinchar, zornar, zunar, zurrar.
MUTUM: - cantar, gemer, piar.
ONÇA: - esturrar, miar, rugir, urrar.
OVELHA: - balar, balir, berrar, berregar.
PACA: - assobiar.
PANTERA: - miar, rosnar, rugir.
PAPAGAIO: - charlar, charlear, falar, grazinar, parlar, palrear, taramelar, tartarear.
PARDAL: - chaiar, chilrear, piar, pipilar.
PATATIVA: - cantar, soluçar.
PATO: - grasnar, grassitar.
PAVÃO: - pupilar.
PEGA: - palrar.
PEIXE: - roncar.
PELICANO: grasnar, grassitar.
PERDIGÃO: - cacarejar, piar, pipiar.
PERDIZ: - cacarejar, piar, pipiar.
PERIQUITO: - chalrar, chalrear, palrar.
PERNILONGO: cantar, zinir, zuir, zumbir, zunzunar.
PERU: - gluginejar, gorgolejar, grugrulejar, grugrulhar, grulhar.
PICA-PAU: - estridular, restridular.
PINTAROXO: - cantar, gorjear, trinar.
PINTASSILGO: - cantar, dobrar, modular, trilar.
PINTO: - piar, pipiar, pipilar.
POMBO: - arrolar, arrular, arrulhar, gemer, rular, rulhar, suspirar, turturilhar, turturinar.
PORCO: - grunhir, guinchar, roncar.
POUPA: - arrulhar, gemer, rulhar, turturinar.
RÃ: - coaxar, engrolar, gasnir, grasnar, grasnir, malhar, rouquejar.
RAPOSA: - regougar, roncar, uivar.
RATO: - chiar, guinchar.
RINOCERONTE: - bramir, gruñir.
ROLA: - arrolar, arrular, arrulhar, gemer, rular, rulhar, suspirar, turturilhar, turturinar.
ROUXINOL: - cantar, gorjear, trilar, trinar.
SABIÁ: - cantar, gorjear, modular, trinar.
SAGÜI: - assobiar, guinchar.
SAPO: - coaxar, gargarejar, grasnar, grasnir, roncar, rouquejar.
SERIEMA: - cacarejar, gargalhar.
SERPENTE: - assobiar, chocachar, guizalhar, sibilar, silvar.
TICO-TICO: - cantar, gorjear, trinar.
TIGRE: - bramar, bramir, miar, rugir, urrar.
TORDO: - trucilar.
TOUPEIRA: - chiar.
TOURO: - berrar, bufar, mugir, urrar.
TUCANO: - chalrar.
URSO: - bramar, bramir, rugir.
URUBU: - corvejar, crocitar, grasnar, crasnar.
VACA: - berrar, mugir.
VEADO: - berrar, bramar, rebramar.
VESPA: - azoinar, sussurrar, zinir, ziziar, zoar, zonzonear, zuir, zunzum, zumbar, zumbir, zumbrar, zunzir, zunzar, zunzilular, zunzunar.
ZEBRA: - relinchar, zurrar.

Os verbos relacionados aos sons emitidos pelos animais, como os que você listou, são exemplos de onomatopeias ou palavras foneticamente imitativas. Essas palavras são formadas a partir da tentativa de capturar e representar os sons naturais percebidos pelos humanos. A onomatopeia é um recurso linguístico que busca reproduzir, através da escrita, os sons associados a determinadas ações, objetos ou animais, e é uma das maneiras pelas quais as línguas se adaptam e evoluem para descrever o mundo sensorial.

Formação e Características

  • Imitação dos Sons Naturais: A base da formação dessas palavras é a tentativa de imitar os sons emitidos por animais, objetos, ou ações específicas. Por exemplo, "miau" tenta reproduzir o som feito por um gato, enquanto "zumbir" se aproxima do som produzido por abelhas em voo.

  • Diversidade Linguística: Embora a onomatopeia seja uma característica universal das línguas humanas, os sons específicos representados podem variar significativamente entre diferentes idiomas, refletindo a percepção auditiva e cultural de cada sociedade. Por exemplo, o som emitido por um gato é representado como "meow" em inglês, "miau" em português e "nyan" em japonês.

  • Uso Literário e Artístico: Além de sua função descritiva, as onomatopeias são frequentemente empregadas na literatura e na arte para evocar imagens auditivas vívidas, enriquecendo a narrativa ou a composição artística com uma camada sensorial adicional.

  • Evolução e Variação: Com o tempo, as onomatopeias podem evoluir e diversificar-se dentro de uma língua, levando à criação de novas palavras ou expressões. Essa variação as mudanças na percepção sonora, bem como as influências culturais e interações linguísticas.

Importância

A capacidade de formar palavras que imitam sons naturais é uma demonstração fascinante de como a linguagem humana é adaptável e como pode ser usada para tentar capturar a essência do mundo ao nosso redor. Essas palavras oferecem uma janela para a compreensão de como os humanos percebem e categorizam os sons, além de servirem como um meio de conectar a linguagem à experiência sensorial direta.

Em resumo, a formação de palavras baseada na imitação de sons é um aspecto intrigante da linguística, demonstrando a interseção entre linguagem, percepção e cultura. 

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Uma delas virou até arte para a loja de roupas de praia.



Contradição, a doce melodia da existência - transitando entre a alegria e o desespero, a calma e a tempestade, a vida e a morte

terça-feira, 2 de abril de 2024

Um poeta segurando seu bebê-poesia

Uma poesia como um retrato vibrante das minhas emoções naquele irretornável instante. Como tudo que é humano, pode envolver certa complexidade e mesmo na feiúra e no meio dos destroços encontrar algum traço de beleza. A poesia transita entre a alegria e o desespero, a calma e a tempestade, a vida e a morte... pode-se imaginar uma viagem que nunca terá fim: uma nova morte após a morte da vida após a vida.
Não ofereço respostas neste instante em que a poesia enquanto embrião se tornava algo próximo de um ser (obviamente também um não-ser), não há absolutismo de ideias e conceitos, tudo está relativizado.
As palavras não vão nunca compor um texto com o corpo tradicional de ter início, meio e fim, muito menos tornar-se-á um livro. O livro é o que se vive, o que se sente.
Parece que cada linha foi cuidadosamente ou até sem cuidado algum escolhida (ou talvez escorregou, escapuliu como sangue das veias da alma) para capturar a dualidade tão comum da experiência humana, usando o coração como metáfora para nossa capacidade de sentir em níveis desproporcionais de profundidade, largura e sob domínio da "desmatematização", para o bem ou para o mal. Sim, é dual, é duelista, é contraditória...

A luz do sol beija a manhã, despertando o mundo com um sorriso que promete novos começos. No entanto, há uma beleza escondida na complexidade das sombras que seguem cada passo que damos; é nesta dança entre luz e sombra que a poesia nasce. Aqui, apresento um mergulho na essência do coração humano, um balão flutuando entre as nuvens de emoções que pintam nossos dias com as cores do arco-íris e as tonalidades do crepúsculo. É um convite para sentir, viver, amar, e, às vezes, simplesmente existir, na tumultuada viagem que chamamos de vida.

Meu coração... balão,
flutua na brisa da paixão,
Terra de erosão,
onde sentimentos entrelaçam contradição.

Esperança, alegria e desespero,
um carrossel que gira sem esperar,
Meu coração... mutação,
em cada batida, um novo lugar.

Som, silêncio, explosão,
o eco da nossa própria criação,
Formando um universo,
perdido na vastidão do verso.

Meu coração... simples,
um enigma envolto em mistério,
Absurdo, desconexo, confuso,
vivendo num eterno delírio.

Vivendo por viver,
Batendo por bater,
com amor, um voto de viver,
Me tirando o fôlego,
em cada momento, um novo recomeço.

Onda, raio, trovão,
um espetáculo da natureza no coração,
Pisca-pisca, ilusão,
levado pelo vento da emoção.

Brisa doce que me envolve,
no altar da vida e da morte,
Meu coração...
um viajante entre o sul e o norte.

Vai e vem,
Sai e entra,
num ciclo sem fim de reencontrar-se,
Me desfaz, me refaz,
uma constante reinvenção.

Contradição,
a doce melodia da existência,
Sua voz: ouvir ou não?
Sua força: usar ou não?
desafios lançados à própria consciência.

Odiado, mas também invejado pela razão,
Meu coração...
uma ode à eterna busca pela compreensão.

(Jackson Angelo, 15/02/2010; revisitado em 02/04/2024)

 

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