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Quando nada mais surpreende o coração

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

 
Imagem: coração estranho, parece rindo, parece assustado, parece olho aberto e fechado, parece também chorando e desesperado. Tem o símbolo do infinito rabiscado, envolto a um arco-íris circular e limitador. 
Autor: Jackson Angelo

Bondade, maldade: faz tempo que nada me surpreende!
O inesquecível: nenhuma história em filme ou qualquer arte ainda me mostrou que sempre tivesse o mesmo brilho da primeira aparição
Nenhuma música nova, e faz tempo que nenhuma música entra no coração pra ficar pra sempre
Nesse sempre do coração humano que é tão finito
Lá no fundo tenho vontade de ser surpreendido, claro que por algo bom, ótimo, excelente, diferente, criativo, impensável, insuspeitado
Não queria que fosse assim: tudo se mostra tão previsível; os silêncios ou as palavras, respostas ou perguntas, formas de agir ou de nada fazer
Só Deus ainda escapa ao raciocínio e a essa finitude do que o coração pode sentir e revelar
Quando penso n'Ele sei que haverá sempre uma enorme surpresa, inesgotável fonte de linhas, folhas, contos, prosas, poesias e histórias
Só Deus pra confiar inteiramente, cegamente, apaixonadamente
Só em Deus pra seguramente depositar todo sentimento, toda esperança
Ele que fez os sóis e galáxias certamente pode fazer coisas maiores e mais intensas
Essa intensidade do que Deus pode fazer e criar, do que Ele pode pensar nesse infinito de possibilidades que Ele tem
Esse infinito que é só d'Ele mesmo, que anima quando tudo parece tão desbotado por mais cores que tenha a tela
Seria preciso inventar um novo dicionário porque tudo que conhecemos e podemos dizer se limita à nossa possibilidade de conhecer e pensar e de se expressar
Que é limitada, limitada, limitada
Deus não é limitado, ciência tem limites, homens têm limites, Deus não
Por isso, tantos se surpreendem porque Ele continua cada vez mais vivo
Sem nunca ser totalmente visto por ninguém, é para Ele que toda história converge
Essa história limitada do homem na Terra
E é pra Ele que nossa falta de história pessoal deve se dirigir quando começa a ser ainda mais previsível e matematicamente, existencialmente pobre de sentido, de vida, de amor, de amigos, de verdades, de encantos!
(Jackson Angelo, 10.12.2014)

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