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O quarto desarrumado

domingo, 20 de março de 2011

Acho o otimismo importante. É incrível, mas o otimismo ajuda em tudo, até mesmo a se recuperar mais rapidamente de alguma perda quando as coisas não funcionam.
Obviamente não vou medir forças contra o homem mais veloz do mundo, mas é possível que numa corrida ele quebre a perna e eu até o supere. Não que deseje isto ou ache correto este tipo de expectativa, estou falando em termos de possibilidades.
O que quero dizer é que enquanto houver uma possibilidade é sempre bom ter otimismo. Além do otimismo ainda existe a fé, que nos possibilita acreditar no impossível. Quer dizer mesmo quando não existem possibilidades, podemos, sim, usar a fé. E eu loucamente creio em Deus e muitas coisas impossíveis já aconteceram em minha vida. Por isto, sempre tenho esperança e quando esta não traz o fruto esperado, ainda encontro consolo em Deus, autor desta minha fé louca e incurável. Afinal, este mundo é tão transitório. Quero sim viver intensamente sempre, porque viver é um dom. Entretanto, na minha fé, convém admitir que tudo aqui passa rápido e existe um mundo que palavra humana não tem o poder de descrever, porque ele está continuamente entesourado e reservado para aqueles que crêem.

Em momentos de muita festa, podemos esquecer até de arrumar o quarto. É tudo tão bom, que não podemos perder um segundo. Só que, pode ocorrer que chegue a solidão e nela podemos, enfim, olhar para o quarto desarrumado. Sem ter o que fazer nem como fugir, nos colocarmos a arrumá-lo.
No reordenamento do quarto, no meio dessa desordem, podemos encontrar tanta coisa:
1 - O telefone antigo de um amigo esquecido.
2 - Uma foto histórica de sua vida; antiga, mas com muito significado.
3 - Textos que tenhamos escritos em instantes que nem lembrávamos.
4 - Aquele filme que tanto nos emocionou.
5 - Eita! Uma blusa que amava tanto, ali perdida e suja, mas nada que sabão e ferro elétrico não possam consertar.
6 - O livro perdido do meu professor. Ele me cobrou tanto!
7 - Até um dinheirinho que nem sonhávamos.
Enfim, a solidão pode nos dar oportunidade de sermos criativos, de ativar nosso potencial de organização.
Uma chance para olhar o que falta arrumar em nossas vidas.
Podemos ver que não seria tão demorado um reordenamento.
O ar fica muito melhor de respirar após tirar a poeira, as teias de aranha, e após a lavagem de tanta roupa e objetos sujos.
Estar só não significa estar em abandono, porque muitas vezes estamos convivendo com as pessoas erradas, estamos indo para locais que não nos saciam enquanto seres sociáveis. Elas estão ali só preenchendo um espaço, afinal, nos valemos do ditado: "quem não tem cão, caça com gato!". Eu discordo tremendamente desse ditado, porque os melhores caçadores da natureza são os felinos. Fora que há cachorros que só servem para enfeitar uma sala ou funcionam como bichinhos de pelúcia vivos.
Após a arrumação, ainda pode vir o cansaço. Ora, não há sono mais gostoso e irresistível do que o que nos leva ao repouso após o cansaço. Há tempos poderíamos nem ter dado valor ao sono.
Otimismo tem a ver, no meu entender, com observar sempre o lado bom das coisas. Porque é fácil ver o lado ruim, mas o lado bom nunca pode ser esquecido.
Sempre há coisas boas com que ocupar nossas mentes. Ainda que não haja, no meu caso, tenho minha fé, e com ela eu ainda posso buscar o impossível, mas certamente sempre contando com o consolo e amizade sincera e real de Deus.


(Jackson Angelo)


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