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Declaração Universal dos Direitos da Água

terça-feira, 23 de março de 2010

Dia 22 de março é o Dia Mundial da Água.
Ver página na Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Mundial_da_Água



Declaração Universal dos Direitos da Água

1 - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.

2 - A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.

3 - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

4 - O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

5 - A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

6 - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

7 - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

8 - A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

9 - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

10 - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Fonte: ONU (Organização das Nações Unidas)

O que é um blogueiro sério?

Vou fazer uma exposição, do meu jeito, do que penso ser sério ou não em blogs. Se isso vai ter importância para alguém não sei. Mas é o que penso e o que penso pra mim tem total importância.
Hoje em dia, muitos falam sobre o que é ser um blogueiro sério. O que leva a cabeça a pensar são os critérios impostos para se auto-afirmar como sério, principalmente porque esta seriedade fica, muitas vezes, condicionada a sucesso (!) retratado em número e participação de leitores, alguns falam de seriedade com um conceito atrelado a nichos específicos de blogs, outros pela obediência mecânica a critérios de linguagem, técnicas de exposição e, na maior parte dos casos, monetização, isto é, a possibilidade de que com o blog o seu editor possa ganhar dinheiro ou não.
O que acho interessante é que fora deste conceito que tentam impor aos que iniciam ou possuem um blog, o que vamos encontrar? Os não-sérios, os que não tem seriedade. Os que não são, portanto,dignos de cliques, de atenção, ou cujos textos não são dignos de leitura.
O que é pior e profundamente irritante é a forma pomposa, sem originalidade e arrogante com que se referem ao que está fora desse universo de significação. Como se fossem porta-vozes de um céu, ou de um status divino que faz com o que dizem tenha que ser enxergado pelo outro como a regra, o caminho a ser obedecido.
Creio que quando alguém resolve iniciar um blog alguma motivação possui. Pode ser de ordem intelectual, profissional, comercial, ficcional, etc. O conjunto de temáticas e escolhas é imenso.
Se eu quiser fazer um blog apenas sobre estrelas, o que me impede? Nada! Sabe ler? Sabe escrever? Sabe editar um blog? Ainda que não, se realmente quiser pode pedir ajuda a alguém, pode tentar aprender a qualquer instante.
Quero falar sobre estrelas. Não sou apenas eu no mundo que gosto de estrelas. Se quiser falar apenas sobre carrapatos e vermes imundos, a escolha é minha.
Se quiser falar apenas sobre ouvidos, bumbum, seios, fé, mitologia, etc. Nenhuma dessas escolhas justifica que outro possa julgar a seu bel-prazer que existe um menor ou maior grau de seriedade no que expomos, nesse sentido.
Acho que mais do que qualquer coisa, escrever e expor o que se pensa, o que se quer comunicar pra si mesmo ou pra alguém é uma questão de liberdade de expressão. Nesse espaço que separa o que digo daquele que vai me ouvir se encontram os valores humanos. O respeito, pra mim, é o maior deles. Posso dizer o que quero, mas tenho que respeitar as pessoas.
Também se alguém decidir fazer um blog só pra si mesmo, tecnicamente é possível. Basta deixar o blog acessível apenas para leitores convidados e não convidar ninguém.
Contudo, antes de abrir um blog em qualquer plataforma, por exemplo, a do Blogger, algumas condições devem ser previamente lidas e aceitas, se realmente quiser editar um blog.
Amo a democracia por essa possibilidade: a dádiva da liberdade. Obviamente, existem condicionantes e limitações, pois a sociedade civilizada é regida por regras socialmente aceitas, as quais temos que obedecer porque também existem censores e punições (pelo menos a nível de papel existe).
É demasiadamente óbvio tudo o que digo? Sim. Por ser óbvio então ninguém precisa dizer ou ouvir? Discordo. O que é óbvio e certo é o que mais precisa ser repetido porque nesse país a obviedade da justiça é frequentemente esquecida na prática. A obviedade de que as pessoas possuem sentimentos é esquecida nas relações. De que os filhos precisam ser educados com amor sincero é esquecido (tantas e tantas vezes) pelos pais.
Vale lembrar que em toda relação humana está a consciência de cada um.
Se quero expressar minhas opiniões, poesias, produções próprias, se quero compartilhar textos e trabalhos que admitem reprodução por parte dos seus proprietários intelectuais não há obstáculos.
Contudo, ainda que existam limitações (fáceis de entender e aceitar ou não) em tudo, ainda que existam prisões em todas as esferas, totalitarismos disfarçados, tiranias institucionalizadas e coisas desse tipo, é certo que dentro de nossa cabeça circulam ideias e pensamentos.
Mesmo nessas ideias e pensamentos pode haver muita coisa que não corresponda à nossa própria identidade e fé, por conta das múltiplas ideologias que vão manipulando e moldando nossa forma de ver e pensar.
Se gosto da cor vermelha, posso dizer isso: gosto do vermelho. Posso usar vermelho. Ainda que proíbam o uso do vermelho, nada vai tirar de dentro de mim que gosto dessa cor.
Se gosta de correr, nesse país, você pode correr.
Você é livre pra dormir a hora que achar conveniente.
Ninguém é obrigado a trabalhar nesse país. Se eu quiser posso ser o maior vagabundo do Brasil, vivendo ao sabor do dia, indo dormir ou acordar sem necessidade de ter compromisso com coisa alguma. Se alguém quiser viver sem trabalhar pode, mas acho que é bom recomendar para que esteja ciente das consequências.
É recomendável ainda estar ciente de que as pessoas, se lhe notarem, vão pensar algo de você. Elas irão tecer julgamentos os mais diferentes. A partir desses julgamentos adotarão a forma como vão lhe tratar, adotarão relações de proximidade ou de afastamento.
Então, o que acho sério é a prática sincera da expressão, da opinião. Por menos conhecimento que a pessoa tenha, por menos estudo que tenha. O blog é uma importante ferramenta pra ter intimidade com informática, linguagem html, pra ter noção do que realmente pensa, do quanto tem ou não facilidade para demonstrar seus pensamentos, seu mundo interior através de textos ou imagens.
Há momentos que a cabeça passa por grandes vazios e falta de vontade para certas atividades, e blogar pode ser uma delas. Então, se passou meses sem blogar, isso não vai justificar, fundamentar que outro afirme que você não é um blogueiro sério ou não.
Quando fiz minha monografia sobre blogs, o que li sobre os primeiros deles é a possibilidade de democratização da internet. Essa democratização estava atrelada à ideia de que qualquer pessoa com um mínimo, mínimo conhecimento de digitação, html, etc., seria capaz de se expressar.
Milhares de pessoas através das primeiras plataformas abriram blogs de sons, de fotografias, de textos, etc. Isso mostrou que muitos possuem uma forte vontade/necessidade de se expor, de aparecer (no melhor sentido), de ser lido, de ser significante para si mesmo e para outros.
Digo aparecer no melhor sentido, porque o verbo aparecer é comumente identificado com amostração, vontade de ser destaque, de tomar todas as atenções pra si mesmo. Mas quem não se mostra quem o verá? É necessário aparecer de algum modo. Se alguém, por outro lado, resolver viver sem aparecer pra ninguém é uma decisão que só cabe a ele. Posso não gostar, mas não é o que ele quer? Só não acho válido trazer intranquilidade e injustiça para as pessoas. Por exemplo, gritar doidamente em um casamento, buzinar demais sem necessidade, coisas desse tipo.
Se o que faço vai ser visto por milhares ou não, o que acho que deve ser significante é minha razão de blogar. É bom quando muitos lêem e comentam o que se escreve? É né?!! Depende de cada um. É isso o que quero?? Muita gente pode participar e nada acrescentar! Talvez muita gente junta só queira se divertir. Não tem como dizer aqui todas as possibilidades.
Se alguém é dona de casa, simples estudante, costureira, padeiro, não importa: todo mundo pode falar sobre algo que faz, que gosta, admira ou até odeia. Ninguém é obrigado a falar especificamente sobre certos assuntos e adotar procedimentos padronizados para mecanizar uma audiência.
Por exemplo, esse texto é super longo. Se vão ler do início ao fim, não me incomodo. Exercitei meu pensamento, minha capacidade de refletir, de falar, de me expor. Ele possui um fio de raciocínio que eu conheço. Para internet são recomendados textos com objetividade, sem abuso no uso de palavras. Algumas vezes faço isso: me limito, mas hoje não. Eu me agarro à ideia de que os blogs são um meio para encontrar meus próprios caminhos, minha forma de ver, de sentir, de ser.
Ninguém é fabricado em linhas de montagem de automóvel, ou de qualquer tipo de fábrica, ninguém é fabricado em série, portanto seja o primeiro a valorizar o que diz.
 

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