O ouvido deve mastigar as palavras que ouve e a boca temperar as palavras que fala

Jó 34:3 "Pois o ouvido prova as palavras, como o paladar experimenta a comida. "

Lindo esse versículo bíblico do Livro de Jó. Não é assim que acontece? Nossa alma tem uma ligação profunda com palavras. De fato, grandes personalidades mundiais tem o seu império montado por conta do seu ímpar poder de comunicação.
No convívio diário, comunicar é fundamental, seja por palavras seja por atos. Ocorre que a palavra propriamente dita penetra nossa alma como uma forma de comida, nos dando espiritualmente os mesmos benefícios ou malefícios.
Quando alguém fala estamos provando suas palavras, devendo portanto mastigá-las. Algumas vezes o muito mel pode esconder um sabor amargo, e através dessa mastigação conseguimos detectar o amargor oculto. Outros comeres não chegam a ser convidativos, mas podemos sentir seu bom efeito em nosso corpo, pensamento e vida. Assim são também as palavras.
Se devemos mastigar o que ouvimos, devemos igualmente medir bem o que dizemos, visto que o ser que nos escuta pode carecer das mesmas necessidades, possui sensibilidade e coração. Por isso, é com muita propriedade que a bíblia nos adverte para sermos tardios no falar. Se podemos ficar calados, se podemos esperar e pensar um pouco melhor na nossa resposta, é isto o que devemos fazer. Isto é um sacrifício exigido para quem valoriza sua palavra.
Quando a palavra sai fica muito difícil voltar atrás se foi feita de modo descuidado e para ferir, principalmente se o que falamos foi dito com intenções muito traiçoeiros, sem dar o devido valor à pessoa com quem falamos.
Uma palavra descuidada pode realmente complicar um relacionamento, às vezes até separar para sempre duas pessoas. Como pesam as palavras! Podem ser tão doces e também tão amargas!