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No ritmo da inconsequência

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Nesse texto quis falar sobre a inconsequência. Ser inconsequente é não medir as consequências. É falar, fazer, agir, de acordo com as vontades pessoais, sem domínio, sem se importar com o amanhã. É deixar de fazer, agir de modo coerente e entregar o viver a emoções passageiras, desprezando o próximo, o trabalho, a família, o amanhã, a verdade, a vida, as coisas que são fundamentais. Digo fundamentais, não porque alguém tenha falado, mas porque naturalmente são.
Não vou me aprofundar sobre isso. Confesso que me pego muitas vezes sendo meio inconsequente em alguma coisa. É possível se dar o direito de errar, de cometer deslizes, Não acho aconselhável, mas cada um deve medir bem o preço a ser pago pelas suas atitudes. Contudo, quando isso se torna costume, quando se torna regra, a consciência parece se deixar capturar por essa bola de neve: a inconsequência.
Tantos já disseram adeus à alegria, à felicidade, ao viver tão rapidamente por conta disso.

A irresponsabilidade, a inconsequência diz
Fique mais um pouco
Faz só mais esta vez
Gasta um pouco mais
E graceja: Já tá lascado mesmo!
A inconsequência não se preocupa com o amanhã
E transforma fome em regime
Tansforma atraso em espera
Camufla perdição em jantares
Transforma risco de vida em opção de vida
A opção então é não se preocupar com a morte
A inconsequência dialoga com suavidade
E o ouvido hipnotizado obedece
Tão enebriado que fica!
"Só mais um pouco
Só por hoje
Só agora e mais alguns instantes
Depois há o perdão
Depois ainda há tempo de corrigir"
De acordar do sono entorpecido
A inconsequência joga fora a régua
A balança é o agora, o desafio, e emoção
Joga fora o compromisso com horários
Com pessoas, com a própria vida
A inconsequência adoece a esperança
Oferece um hoje pra um amanhã incerto
Estar em cima ou embaixo do chão é apenas uma questão estética
 

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