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Posso me ver

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Tantas poesias que ficaram pra trás
Tantos sentimentos que senti
Tantas pessoas que deixaram forte perfume
Outras deixaram sangue no chão
Tantos de mim por aí
No tempo
No espaço
Mas eu, eu, eu, eu, eu ainda estou comigo
Eu ainda me tenho
Eu ainda posso me tocar
Eu, eu, eu, eu!
Não é egoísmo você se valorizar!
Vejo fotos no meu museu
Filmes alegres, outros tristes
Vejo a vida, vejo a morte
Vejo as sementes e os desertos
Vejo ainda o que nunca vi
Revejo fortemente as cenas que poderiam ter acontecido
Os momentos maravilhosos que deixei escapar
Os instantes, os dias e meses e anos de dor que poderia ter evitado
Vej0 os que eternamente estarão vivos no meu coração
Tantas desejos e tantas fantasias
Tantos fracassos e arrependimentos
Tanta vida que parece tão pouca
Vejo cada erro, cada acerto
E eu ainda estou comigo!
Ainda estou no meu barco
E o barco ainda tem remo
E o mar ainda tem água
E depois da noite ainda vem o dia
E com o dia vem o sol
E eu ainda estou comigo!
Vejo molduras ainda vazias
Reservadas para as novas fotos do meu viver
Vejo o passado, vejo o futuro
De certo modo, ainda vejo algo do futuro
O mais importante, contudo, é que nesse momento
Posso me ver
Eu, eu, eu, eu posso me ver!
(Jackson Angelo, em 21 de agosto de 2009, 19h25)

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