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A subcultura evangélica 1

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Vivemos um período de invencionices e de pessoas que preferem se apegar a invencionices, que cada vez mais correspondam aos seus anseios e desejos egoístas. A cultura evangélica construída nessas últimas décadas é marcada pelo marketing, pela busca do gozo pessoal, pela busca de poder para glória própria e não para a glória de Deus, pelo sensacionalismo, por apresentações circenses de pessoas fazendo malabarismos, mímica, imitando animais, fazendo macumba evangélica, usando fetiches evangélicos, cantando e dançando do mesmo jeito que em um show de Madonna, tirando a roupa e a vergonha em nome da liberdade conquistada em Jesus Cristo.
Criou-se um universo cultural confuso, e é muito raro ouvir uma pregação autêntica e experimentação da palavra de Deus em sua plenitude!
O universo da cultura evangélica, tal qual as demais subculturas urbanas do mundo atual, é cheio de estilos, de pessoas que fazem seu mundo pessoal, para um Deus universal, mas cada vez mais personal no sentido mais egoísta possível. O que vejo, na minha mediocridade, é que muitos procuram, assim como no computador, adequar, configurar cada coisa que existe no mundo físico e espiritual ao seu gosto pessoal. O próprio Deus não escapou desse poder de manipulação. As pessoas parece que não querem se adequar à palavra, antes querem encontrar saídas e pessoas que adequem a palavra de Deus aos seus próprios desejos e vontades.
Não se vive pela fé, que é a firme prova das coisas que não se vêem, mas fé nas coisas que posso ver na televisão, posso tocar com as mãos, beber com minha boca, passar por cima das feridas, dos problemas. A fé se tornou a firme prova das coisas que se vêem para buscar o que não se vê. Quanto ao mercado? Homens divinizando envelopes, sempre, sempre sempre apontando o dinheiro como a mola que mova a mão de Deus, como o caminho da benção. E benção quase sempre material. O que Jesus faz com mercado na igreja? Lembro-me do que Jesus fez com os fariseus vendilhões no templo! Chicoteou, ficou bravo, enfurecido, totalmente intolerante, totalmente inegociável com tal prática. Quanto mais dentro do templo!?

O que se nomeia evangélico hoje compreende uma cultura mista, formada por várias ondas, costumes, de diferentes interpretações do texto bíblico, diferentes modos de querer viver e renunciar ao mundo. Aliás, quanto menos renúncia melhor.
Aliás, renunciar não, basta que algo não seja do diabo. Como fazer para que as coisas sejam santas e não pertençam ao diabo? Qual a solução encontrada? Fazer tudo em nome de Jesus, ora! Carnaval em nome de Jesus, com mulatas dançando seminuas para Jesus. Tatuagens em nome de Jesus, substituindo dragões da besta por dragões sorridentes; ao invés de imagens com sangue de assassinatos, imagens com gotas de sangue de Jesus. Sexo entre evangélicos sem casamento, por fraqueza perdoada em nome de Jesus. Biquínis cavadíssimos com bunda santificada pelo banco da igreja. Basta que tudo tenha o nome de Jesus. O cigarro vai ter o nome Aleluia. O grupo de strip tease vai ter o nome Rosa Gospel.
O nome de Jesus é puro e santo.
Infelizmente, as águas estão turvas em muitos lugares, em muitos corações e muitos se banham ininterruptamente com essas águas turvas, sujas , poluídas.
Mas peçamos a Deus que nos dê água da vida: água limpa de sua palavra, que limpe o coração de verdade, que limpe os maus pensamentos e maus sentimentos; água sem mistura, sem querer nos agradar ou desagradar, simplesmente por ser verdade. Porque Jesus é a verdade.
Tem um hino que diz bem:
"Quem quiser de Deus ter a coroa passará por mais humilhação / As alturas santas ninguém voa / sem as asas da humilhação!"
E outro:
"Para morar lá no céu / O amor tem que ter / Para subir / Você tem que descer."
Jesus abriu um caminho, mas o caminho é estreito. Não passa muita coisa. Jesus disse: quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia e siga-me.
Negar-se é dizer não a si mesmo, aos seus gostos, as suas vontades, é dizer "eu gosto, mas não faço, porque fazer isso não é a vontade de Deus". Tomar a sua cruz é realmente carregar até o fim o peso dessa renúncia do próprio eu. Porque, como a bíblia diz, convém que Ele (Jesus) cresça e eu diminua. Quer dizer, convém que Jesus Cristo nos domine, que sua natureza espiritual cresça em nosso ser e que nosso eu diminua com seu poder.
Jesus também deixou claro que quem ama este mundo e o que há nele, o amor do Pai não está nele!
Não deixe ninguém acrescentar uma vírgula, um til à palavra de Deus! Não CAIA NESSAS VÍRGULAS. Quer dizer, não creia em nada que não seja bíblico. Creia na bíblia! Peça a Deus discernimento (a Deus, não a homens). A própria bíblia diz que falsos pastores fariam de nós negócio. Mas o mapa é a bíblia. Leia, procure se informar, examine as escrituras. Um forte abraço.
(Jackson Angelo)

O texto abaixo é do pastor Renato Vargens, disponível no blog http://renatovargens.blogspot.com. Ele possui mais de 9 livros publicados e o que me amarro no seu site é que ele aborda questões bem controvertidas no atual meio evangélico. Ninguém é obrigado a concordar/discordar com tudo mas pelo menos refletir sobre as diferenças entre a cultura evangélica atualmente existente no nosso meio e o evangelho de Jesus Cristo.

"Há alguns meses fui surpreendido por mais uma daquelas tristes novidades que infelizmente acontecem com alguns evangélicos. Confesso que fiquei chocado ao ouvir pela boca de um pastor amigo a mais recente modalidade ministerial e eclesiástica: O “personal profect”.

Pode até parecer loucura mais é isso mesmo que você acabou de ler. Se não bastasse a significativa quantidade de absurdos que percebemos em alguns de nossos arraiais, ultimamente tem surgido em nossos templos pessoas que em nome de uma espiritualidade saudável se auto-intitulam guias e orientadores do rebanho de Cristo. Tais indivíduos fundamentam seus comportamentos no desenvolvimento da sociedade e modernidade, onde em virtude de fatores mais distintos, sentem-se necessitados em contratar especialistas em determinada área no intuito único de satisfazer suas necessidades humanas.

Diante disto, alguns podem até afirmar: para que orar? Pra que me relacionar com Deus se eu tenho alguém que pode fazer isto por mim? Basta solicitar ao meu profeta pessoal a orientação desejada que rapidamente terei as minhas respostas.

O pior amado irmão é que do jeito que a coisa anda daqui a pouco vamos ler nas páginas dos principais jornais o seguinte anuncio: “Ofereço serviço de profeta. Oro por você, leio a bíblia para você e ainda lhe dou a resposta de seus para os seus problemas. Obs: Cobro abaixo da tabela”.

Queridos, a fé, bem como a nossa relação com Cristo, jamais poderá ser terceirizada. Ninguém, absolutamente ninguém, pode se interpor na minha relação com Deus. Jesus Cristo, nosso Senhor, morreu na cruz do calvário para que cada um de nós desfrutasse de momentos de absoluta intimidade com o Pai. Deus não deseja que terceirizemos nossa relação com ele, antes pelo contrario, o que pretende é desenvolver conosco íntima relação, onde a oração, a leitura da Palavra e a comunhão com o Espírito Santo sejam marcas indeléveis de um povo que ama a Deus.
Pense nisso!
Renato Vargens"

2 comentários

  1. Quantas realidades esse texto traz... lamentável realidade essa nossa, mais é a mais pura verdade, Jackson!
    Que Deus nos dê a graça, pela Sua misericórdia de vivermos o Evangelho que a Palavra mostra para honra e glória dAquele que e o Autor e Consumador da nossa fé.
    Só nos resta dizer: "Ora vem, Senhor Jesus!" Eita dias maus!

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  2. Fico muitíssimo feliz por compartilhar tal preciosidade que é este texto! Foi uma leitura que valeu a pena.
    Fico me perguntando: "A que horas estamos do fim?"

    Vou postar no meu multiply, citando a fonte.

    Grande abraço!

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