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Os moto-taxis de Cabedelo, fotos de motos iradas e moldura com moto

domingo, 5 de julho de 2009

Para baixar a moldura clique na imagem


Montagem para quem ama uma motinha e algumas fotos de motos bem iradas pra galera que ama uma moto. Era só isso que eu ia postar. Mas, minha cidade veio á minha lembrança.
Em minha cidade, Cabedelo, durante décadas ficou culturalmente estabelecido que todo habitante deveria ter uma bicicleta e sair pedalando com ela pela cidade: fazer compras, ir trabalhar, ir à escola, às festas, à casa da namorada. As ruas eram uma grande ciclovia. Tinha gente que até pra capital João Pessoa, a uns 23 km daqui, ia pedalando e totalmente feliz. Mas a cultura da pressa chegou aqui. Hoje, motocicleta é como celular. Todo mundo, por mais pobre que seja, tem que ter uma. Mesmo no município de Lucena, que fica separada de Cabedelo pelo Rio Paraíba, onde a cultura da bicicleta era marcante, hoje, o que se vê é moto, moto, moto. Digo marcante porque as bicicletas de lá tinham adornos em todas as suas partes: pedal, pneus, acentos, etc. Havia bandeirinhas para pendurar nelas, mil e um tipo de adesivos, penduricalhos, pareciam até um boi-bumbá. As antigas oficinas de conserto de bicicleta, antes tão abundantes aqui, agora são raras. O que tem é oficina de conserto de moto. Nada mais natural. Diz a lenda que quando um rapaz tem uma moto, é mais fácil arranjar namoradas e ficantes com facilidade aqui. Para quem não sabe, um ficante é um tipo de relacionamento em que uma pessoa apenas fica com outra, sem compromisso ne-ne-nenhum, com total consciência dos dois sobre isso. Existem até pessoas que já têm ficantes fiéis: sabe que quando vai pra um ou outro evento vai ter uma pessoa certa pra ficar. Até perguntei aos "boyzinhos" (meninos de 15 a 20 anos) daqui se essa história de moto facilita pra ter namoradas era verdade. E eles comprovaram que desejam veementemente uma moto porque as meninas querem passear, andar, e realmente preferem rapazes com moto. Esse fato foi confirmado pelos próprios moto-táxis, que contam histórias incríveis de como são até assediados pelas freguesas. Aqui, como a oferta de emprego é insuficiente para a demanda, muitos rapazes famintos por uma fonte de renda acabam alugando motos a R$ 50,00 por semana e começam a rodar. O maior temor de muitos deles é a falta de habilitação. Por isso, quando tem fiscalização da Polícia Rodoviária, alguns nem saem de casa com suas motos. Outros, mais audaciosos, ficam tomando atalhos de rua em rua, etc. Um fato que ficou até comum aqui é a história de mulheres que traem seus maridos com moto-táxi. Já mulheres como moto-táxi já é mais difícil. Quando alguém não tem emprego aqui, geralmente escolhe ser moto-táxi. Se tiver um carro vai ser motorista alternativo e cobrar o mesmo preço cobrado pelos ônibus que conduzem até João Pessoa. Agora, algumas imagens de motos pra lá de iradas!

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