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O suicídio de uma cobra

domingo, 27 de janeiro de 2008

Eu acho que aconteceu o seguinte (ACHO): algo danificou o corpo da cobra e ela, ao ver quer estava à mercê da morte e com muita dor, resolveu acelerar o processo, aplicando em si mesma seu próprio veneno.


REFLEXÕES SOBRE O TEMPO (Ivani Izquierdo)

A cada minuto, somos outros, porque aprendemos coisas novas. A cada minuto, estamos mais longe da data de nossa origem e mais próximos da hora de nossa desaparição.

Para Borges, o tempo era o problema principal, o mais importante de todos os temas. Porque é fácil conceber, medir ou até imaginar o espaço e os espaços, mas é muito difícil imaginar o tempo. Das várias dimensões, esta é a mais próxima, a que mais nos diz respeito, a que mais de perto nos toca e a que mais sentimos, mas ela é também a mais remota, a mais inacessível, a mais difícil de definir. Os aparelhos de medição do tempo dirão uma coisa, porém nossa alegria, nosso pesar e nossa vontade determinam que um minuto de tristeza ou de mal-estar pareça eterno e que um minuto de alegria pareça ínfimo. Os relógios ignoram isso; nossa mente não.
Como qualquer outra pessoa, posso contar em poucos minutos ou horas tudo o que me lembro de minha infância, tão vasta e tão rica, tão feliz e tão infeliz, tão doce, tão cheia de amores e de medos, incluindo os maiores aprendizados, os mais importantes de nossa vida: a mãe o pai, o céu, o chão, minha casa, as demais casas, os colégios, a língua materna, outras línguas, os diferentes sons, a música e as muitas músicas, tudo. Quanto durou minha infância? Vários anos. Tantos que não sei se ainda continua em mim, em meus filhos ou em meus netos . Talvez continue em todos nós - e talvez também em muitos outros. Contudo, nem fazendo força preciso mais do que uma hora ou duas para contá-la.
E quanto dura essa estranha filha do tempo que chamamos história? Há mais de 60 anos e sei que existe o Brasil. Quando eu tinha poucos anos de idade e ainda morava em Buenos Aires, meu pai e um tio meu voltaram deslumbrados do Rio de Janeiro, trazendo discos da Carmem Miranda, pratos decorados com asas de borboleta, essas coisas. Tinha um parente que era cônsul em Recife, já falava castelhano com um sotaque curioso e contava histórias incríveis dessa sua nova terra, tendo inclusive desposado uma brasileira. Pois é, conheço o Brasil há mais de 60 anos, moro nele há 30 e poucos e sou brasileiro há mais de um quarto de século.
Conheço o Brasil durante mais da metade de sua história republicana. Desde quando, na verdade, o próprio Brasil nem sabia se queria ser realmente uma república ou não - quando nasci, eram os tempos do Estado Novo, e poucos anos atrás decidimos em um plebiscito que sim, queríamos continuar a ser uma república. Sou brasileiro desde 1981, bem antes de o país ser democrático de maneira contínua pela primeira vez na sua história. Porém, dos anos anteriores a meu nascimento sei pouco e, é claro, não lembro nada pessoal, porque não os vivi. Ouvi e li bastante sobre eles, mas não é a mesma coisa. A história que melhor conhecemos é aquela que vivemos.
Nós, as pessoas de hoje, convivemos diariamente com a história e nem percebemos. Minha vida foi marcada pela Segunda Guerra, pelo apogeu e pela extinção do mundo soviético, pela energia atômica e pelos medos que dela derivam, pelo rádio, depois pela televisão, depois pela internet, pelos aviões, pelos foguetes, pelo iPod, por sei lá o quê vão inventar ainda neste ano ou no ano que vem. Todos nós somos, em maior ou menor grau, atores e protagonistas dessa história, e nem nos damos conta disso. Nosso cotidiano é história. Talvez tenha sido assim em todos os tempos, mas creio que nunca foi tão claro como agora. Se a mim ou a qualquer um de nós falam de Dom Pedro 11, Napoleão ou Cristóvão Colombo, parece-nos que estão mencionando personagens mais ou menos contemporâneos entre si. No entanto, se nos falam da era Collor ou de Fernando Henrique, parece-nos que foi ontem. Para uma criança ou um adolescente, esses dois ex-presidentes integram também o passado remoto, aquele de Cristóvão Colombo. Nossa percepção do tempo histórico varia conforme o que sabemos dele e conforme nossa idade.
Sei que aqui estou falando do tempo psicológico, não do tempo real. Para nossa mente, um segundo pode valer muitos minutos e uma semana pode ser praticamente inexistente, e o é desde o momento em que a esquecemos. Em um conto magnífico, Borges narra que um personagem seu, Jaromír Hladík, recebeu de Deus o presente de um tempo muito grande de duração indefinida justamente no momento de sua execução em um campo de extermínio alemão. Hladík era escritor e tinha pedido a Deus esse tempo para acabar de escrever uma peça teatral. No momento em que o pelotão de execução apontava as armas para ele, uma lágrima começou a rolar por sua bochecha e depois parou. Em sua mente, escreveu e reescreveu sua peça em detalhe, tirando e colocando inúmeros incidentes e personagens, até que encontrou sua forma final ao selecionar um adjetivo para determinada palavra. Ao fazê-lo, a lágrima voltou a rolar, e Hladík morreu gritando essa palavra, que para os demais era incompreensível.
Para nós, cada tempo vale o que pesa: muito ou pouco, dependendo do caso. Entretanto, para os inexoráveis relógios e seus segundos implacáveis, há um tempo real, mensurável, digno de ser utilizado nos cálculos sobre a realidade e suas características. Mas minha pergunta é: o que existe realmente fora de nossa psicologia pessoal ou até coletiva? Que é mais real, meu relógio de pulso que (como todos os de hoje em dia) não falha nunca, não atrasa nem adianta nem meio segundo por mês... ou aqueles momentos da minha infância que eu sei que se perderam, aqueles pelos quais daria uma vida para lembrar, para poder interpretar, para poder justificar, para talvez interpretar meu elusivo presente e meu incerto futuro?
O tempo psicológico - que para nós, humanos, é o único real - representa, de fato, o maior mistério de todos, o grande tema. O tempo físico, que para a ciência e para as folhas de pagamento é o verdadeiro, escapa basicamente à nossa compreensão; nada quer dizer para nosso entendimento que a luz percorre n quilômetros em um segundo, por exemplo. Nossa mente, treinada para as pequenas coisas, não é capaz de captar semelhante dimensão; os quilômetros e o segundo escapam a seu alcance. Ela pode fazer cálculos complicadíssimos e interpretar esses cálculos, mas não captá-los.
Assim, o tempo passa, e não conseguimos realmente defini-lo de uma maneira que consigamos entender. Talvez Heráclito tenha sido quem melhor definiu o tempo ao usar uma metáfora: "Nunca entrarás duas vezes no mesmo rio". O rio, obviamente, é o tempo. Com o correr dos anos, alguns interpretaram a frase de Heráclito como se o rio fluísse desde o remoto passado rumo ao futuro; outros, quiçá mais otimistas, pensam que rio vem desde o futuro, atravessa-nos e perde-se para trás, em direção ao passado. A metáfora de Heráclito refere-se ao tempo real, independe do tempo psicológico. Nós podemos desejar e até acreditar que esse momento dure para sempre, ou que desapareça de uma vez, mas o tempo dos relógios segue sua marcha inexorável.
Além disso, há um limite para nosso tempo e o de todos. Aos 85 anos, Borges disse: "Houve no tempo um dia que apagou os últimos olhos que viram Cristo; a batalha de Junín e o amor de Helena morreram com a morte de um homem. O que morrerá comigo quando eu morrer? Que forma patética ou prestes a desagregar-se perderá o mundo?". A cada minuto, estamos mais longe da data de nossa origem e mais próximos da hora de nossa desaparição. A cada minuto, somos outros, porque cada minuto nos transforma em outros; aprendemos coisas novas e esquecemos outras velhas. Nossa mudança com o tempo é a testemunha infalível de sua existência e de seu domínio. E tudo, em um certo momento, acaba: nós e o que levamos junto, que às vezes é parte da história.

Ivan Izquierdo é pesquisador do Centro de Memória do Instituto de Pesquisas Biomédicas da PUC-RS. izquier@terra.com.br
Texto extraído da Pátio - Revista Pedagógica, ano XI, agosto/outubro 2007, n° 43, pág. 22 a 24.

Frames por aí

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Briga pela paz (autor: Sychenko)


Que mãe é essa? (charge)

Made in china



A Orion Telescopes arrasou com essa chamada comercial. Mostra a lua em um aumento de 200x, a bandeira americana em 400x, e ao aumentar 800x revela o local de fabricação mais famoso no mundo, que se tornou símbolo de tudo o que é de baixo custo, de qualidade inferior mas convincente, imitação, e que não esconde isso: é pra quem realmente quer pagar pouco. Obviamente, há muita coisa boa produzida na China. Falo em termos de imagem popular. Made in China. O grande barato da mensagem foi conectar o significado de falsificação do Made in China com a ida do homem à lua feita pelos Estados Unidos, apontada por muitos como uma tremenda armação dos americanos.

Hitler Pikachu


Hitler criança

Hitler bebê

E (claro), Klara, a mãe do bebê!!
O certo é Picachu ou Picaxu? Nenhum dos dois!
PIKACHU. Segundo a Wikipedia:
"Pikachu (ピカチュウ Pikachū) é uma espécie fictícia da série Pokémon. Como os outros Pokémon, é utilizado para batalhas, concursos entre outras coisas no Universo Pokémon. Pikachu é o Pokémon mais conhecido da série, sendo um dos protagonistas do anime de Pokémon. Foi a oitava personagem de ficção mais lucrativo em 2002, segundo levantamento da revista Forbes.] Pikachu costumam ser encontrados em florestas e campos e são umas das únicas espécies encontradas em todas as Regiões Pokémon nos RPGs Originais. O nome Pikachu vem da onomatopéia Pika-Pika, que significa "brilhar", "faiscar" e a onomatopéia chū, o som de um rato no Japão. Pikachu são raramente agressivos e geralmente vivem em grupos, que, quando ameaçados, podem atacar o inimigo com uma produção de eletricidade e expulsá-lo, provocando fortes ferimentos se essa eletricidade for aplicada com uma grande energia."
O que tem de Picachu, Picaxu, Pikaxu não tá no gibi nem no mangá!!!!! Só não entendi a relação entre Picachu e Hitler, feita pelo desconhecido autor do desenho!

AME! AMAR É FUNDAMENTAL

O acidente registrado nas fotos abaixo me fez pensar na atitude de alguém que ama outro. Esse cãozinho mostra que ama, pois se importa, pede socorro pelos seus, não sai do lado, sente a dor do outro. Não o abandona. Isso é fidelidade.
Ele suplica por um gesto de amor no meio de uma raça humana que, após milênios de experiência, demonstra que continua se perdida no meio de suas atividades, diversões, mentalidade, sem tempo para entender o sentido da vida e amar de verdade.
Um exemplo.
Precisamos ser amestrados pela natureza.






Imagens de crianças africanas

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Armaduras de gatos e ratos
















 

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