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O que compõe e quanto custa a alimentação básica das famílias ao redor do mundo?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Preste atenção no que famílias de diferentes países compraram para uma semana de alimentação e o número de pessoas que compõem cada família.
Observações
* A moeda referencial foi o dólar americano.
** Cotações das moedas: novembro de 2007 (antigo né?, mas ainda faz sentido).


Alemanha:
Família de Melander (Bargteheide) - 2 adultos, 2 adolescentes
Despesa da família durante uma semana: 375, 39 Euros ou U$500,07
Estados Unidos:
A família Revis (Carolina do Norte): 2 adultos, 2 adolescentes
Despesa da família durante uma semana: U$341,98
Japão:
Família Ukita (Cidade de Kodaira) - 2 adultos, 2 adolescentes
Despesa da família durante uma semana: 37,699 ienes ou U$317.25
Itália:
Família Manzo (Sicília) - 2 adultos, 3 crianças
Despesa da família durante uma semana: 214.36 Euros ou U$260,11
México:
Família Casales (Cuernavaca) - 2 adultos, 3 crianças
Despesa da família durante uma semana: 1.862,78 Pesos mexicanos ou U$189,09
Polônia:
Família Sobczynscy (Konstancin-Jeziorna) - 4 adultos, 1 adolescente
Despesa da família durante uma semana: 582,48 Zlotys (dourados) ou U$151,27
Egito:
Família Ahmed (Cairo) - 7 adultos, 5 crianças
Despesa da família durante uma semana: 387,85 libras egípcias ou $68,53
Equador:
Família Ayme (Tingo) - 4 adultos, 5 adolescentes
Despesa da família durante uma semana: $31.55
Butão:
Família Namgay (Shingkhey Village) - 7 adultos, 6 crianças
Despesa da família durante uma semana: 224,93 ngultrum ou U$5,03
Sudão (refugiados no Chade):
Família Aboubakar do Sudão (Breidjing Camp) - 3 adultos, 3 crianças
Despesa da família durante uma semana: 685,00 francos CFA ou U$1,23
Com base nestas fotos várias conclusões podem ser facilmente tiradas. Seria interessante o registro do que uma família comum do Brasil se alimenta durante uma semana. Obviamente, lembrando que ainda há milhões de famintos nesse país, fato que ainda me faz lembrar das palavras de Lula no início do seu primeiro mandato: "tem muita gente passando fome nesse país." E, hoje, olhando mesmo pra minha cidade, depois de quase oito anos não vejo nem sinto nem vislumbro nem entendo mudanças verdadeiramente significativas. Acho que, de certo modo, institucionalizou-se um "padrão de vida" para mendigos. Não quero entrar neste mérito, Como as diferenças regionais do Brasil são muito grandes, seria muito interessante o registro do que cada família (aquela mais comum, que faz parte do sistema produtivo e de consumo) de cada região consome em média por semana e o valor gasto com essa alimentação.
Achei também muito interessante a imagem de saúde que vem à mente quando se olha para o que cada família consome. A da família americana é muito enlatada!
A família do Sudão, meu Deus! Tem gente que come isso em um dia! Hipérbole, mas nem tanto! Não digo que seja este o caso, pois recebem ajuda das Nações Unidas. Mas dá pra imaginar uma realidade na África semelhante a um campo de concentração nazista, em que a base não é o alimento e, sim, a própria fome, para que o corpo definhe e cada prisioneiro morra cruel e lentamente, ficando sujeito a várias doenças.
UPDATE:
Com uma pesquisa mais apurada, consegui identificar (que difícil! kkkkkkkkkk!) que esta postagem já rola há algum tempo na rede com o título: "Imagens da desigualdade: o que o mundo come", postada em 20/03/2008, no site O Vermelho, por sua vez, credenciado ao site da revista Times, com referência ao livro de onde foram extraídas as informações e as fotos, o premiado "Hungry Planet - what the world eats", de Peter Menzel e Faith D'Aluisio.
Para meu espanto, NA EDIÇÃO DE OUTUBRO foi publicado na Revista Seleções que a família Aboukabar na verdade é do Sudão, alojados em Breidjing Camp (campo de refugiados para sudaneses, localizado no Chade). Essa família faz 3 refeições por dia, em que come um mingau grosso, feito a partir de rações fornecidas pelas Nações Unidas, avaliadas em R$ 41,43 por semana, esse valor é complementado pela família com R$2,09 em condimentos. Quer dizer dos alimentos destacados na foto, eles só pagam os condimentos, o resto é doado. A família Revis dos EUA , ainda segundo a revista, ficou transtornada após ver as fotos, com tanto enlatado e resolveram mudar seus hábitos alimentares. A da família mexicana foi tirada na época de vacas gordas da família, pois a miniloja de conveniências (changarro), situada no térreo no apartamento onde moravam e com a qual se mantinham, faliu por conta da concorrência e houve mudanças significativas. Hoje, a foto seria outra.

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