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Googleterapia (Googletherapy)

sábado, 1 de abril de 2006

Brainstorm (Tempestade de idéias) é uma técnica de resolução criativa de problemas inventada por Alex F. Osborn em 1938 e possui duas fases: produção e avaliação das idéias. Pode ser realizada em grupo ou sozinho. Por exemplo, quando se quer falar sobre um assunto e não se sabe por onde começar. Joga-se em um papel tudo o que se sabe a respeito (mesmo os mais absurdos detalhes), sem uma ordem definida, para depois se avaliar toda aquela "tempestade". O que isto tem a ver com googleterapia? O termo não é original, muito menos sei se alguma vez foi utilizado na Língua Portuguesa. No Google algumas páginas em inglês indicam googletherapy. Na verdade, refiro-me à possibilidade que o Google oferece de ajudar na formação de um brainstorm. Uma coisa é falar sobre algo já conhecido, outra é certificar-se do próprio conhecimento daquele assunto, outra ainda mais comum sequer saber que existe determinado assunto, sendo impossível, neste caso, estabelecer comparações, argumentações e formação de idéias. Apenas esta simples busca já descortina um universo de significação em torno daquele objeto. Isto, claro, ainda melhor quando se pesquisa o mesmo termo em idiomas os mais diferentes possíveis. De link em link, esta hipertextualidade pode reunir o que de melhor e o que de pior se divulgou sobre um assunto. Agora, se usarmos uma frase famosa, como a de Wittgenstein: "sobre o que não se pode falar, deve-se calar", alcançaremos um riquíssimo universo de significação referente ao silêncio, ao autocontrole da língua e assuntos afins. E o que acho mais atraente: encontraremos diferentes pessoas, de diferentes visões, religiões, posicionamentos políticos, mas com encontros simbólicos muito significativos. Chamo de googleterapia, porque, de certo modo, isto é uma forma de se curar de uma certa ignorância e falta de criatividade, falta de referenciais novos, muito embora o robot do Google esteja muito longe de indexar todas as páginas do mundo, pela própria forma como ele funciona o que, até certo ponto, pode deixar muitas fontes que poderiam ser ainda mais enriquecedoras de fora. Isto pode causar ainda um monopólio de acesso a informações, o que, por sua vez, poderia resultar num retorno à mesmice: os mesmos diferentes, as mesmas diferenças.
Como seria bom um buscador que indexasse tudo mesmo e oferecesse uma possibilidade real de pesquisar aquele termo em páginas de vários idiomas, fora dos que nós conhecemos. Por exemplo, em coreano, chinês, russo, árabe, hebraico, sem o auxílio de tradutores online, a maioria ainda muito presa a um número muito limitado de idiomas. Talvez, isto ainda leve algum tempo!

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