Pesquisar neste blog

Representação de um Duelo

sábado, 11 de março de 2006

Esta imagem foi a primeira que postei em meu álbum no Orkut. Ela representa uma transformação de forças opostas: a eterna rivalidade e até coabitação do bem e do mal. Esta transformação quase sempre possui duas direções opostas que podem também ser simultâneas. Representa como podemos estar aderindo a um senso de justiça extremamente justo e podendo até ser prejudicial pelo excesso. Representa como podemos querer avaliar a maldade alheia e como nos esquecemos que este julgamento pode estar sendo outra maldade, primeiro pro nosso próprio eu, porque significa que teríamos um pretenso moral e cetro para tal, e também pra aquele a quem estamos julgando. Quando executamos a justiça devemos ter muito critério, muita calma e até sermos piedosos, olhando pra dentro de nosso próprio eu. Se formos a ferro e fogo todo instante, poderemos terminar sozinhos e vermos que seria melhor silenciar em algum instante, esperar o melhor momento e o melhor modo de expressar um juízo. Podemos terminar contribuindo para a ruína de uma vida, de um alguém que poderia até mudar. Nós mesmos não mudamos em nossas expectativas e pontos de vista? Querendo ser por demais brancos, podemos nos escurecer. Querendo ser por demais maus, entrando por este caminho, esquecemos que temos coração. Uma vez esquecida, morta nossa piedade já não somos mais seres humanos. Lembro-me de uma professora da UFPB, chamada Lourdinha, que falou certa vez de seu encantamento por uma já tradicional caminhada pela Paz. E poucos dias depois, lá estava ela, me chamando atenção na frente de toda uma classe universitária, pedindo para que eu fizesse todo mundo rir e asseverando que estavam todos esperando para rir também. Certo, eu posso tê-la perturbado com um sorriso, mas eu sempre a respeitei e procurei suportar seu constante mau gosto no humor. Chegava sempre atrasada e lia e-mails que todo mundo já tinha recebido cópias, achando que os mesmo eram novidades e preencheria algum sentido na aula, talvez até na sua posição ali. Mas, pensei, a caminhada pela paz não é física, não é um monte de gente de mãos dadas, usando cores brancas. Pode ser fugindo da nossa própria natureza agressiva e sem humildade. A caminhada pela paz é por dentro dos corações, quando alcançamos um equilíbrio de ações e palavas que visem sempre a respeitar integralmente quem nos cerca, o local em que vivemos, tudo que está à nossa volta. Sem precisar de bandeiras e alardes, sem ostentação. Eu não tive palavras, tal a brutalidade da cena. Desprezei, mas me chama atenção tudo o que é paradoxal. E me alegrei de saber que meus sorrisos não dependiam daquele momento. Então , me lembrei daqueles que me amam e que me suportariam. E que ainda me suportam. Mas é uma luta, estas forças batalham contra nosso poder de raciocinar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Para seu comentário ser publicado:
1 - Não faça comentários ofensivos, abusivos, com palavrões, que desrespeitem as leis dos país.
2- Os comentários devem ter relação com a postagem.

 

Seguidores do blog

Mais lidos